Manifesto dos educadores e defensores da causa da Educação Pública em solidariedade à luta dos profissionais de educação do Rio de Janeiro

Após infrutíferas tentativas de negociação, que se arrastam por anos, os profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro, em concorrida Assembléia, realizada no dia 7 de junho de 2011, decidiram deflagrar greve. Atualmente, um professor graduado recebe R$ 750,00 brutos e um funcionário tem piso de 433,00. Somente em 2011, 2,4 mil professores pediram exoneração por completa falta de perspectiva de valorização profissional. A questão afeta a formação de novos professores nas universidades, pois, concretamente, muitos avaliam que a opção pela educação pública implica privações econômicas insuportáveis. As principais reivindicações da greve objetivam criar um patamar mínimo para que a escola pública estadual possa ser reconstruída: reajuste de 26%, incorporação da gratificação do “Nova Escola”, liberação de 1/3 da jornada de trabalho para preparação de aulas, atendimento a estudantes, participação em reuniões etc., eleições diretas nas escolas e melhoria da infraestrutura geral da rede.

O Militante nº 20

Informativo da Base Francisco Bravo (PCB) e da UJC de Nova Friburgo
junho de 2011

TODO APOIO À LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO!


A recente luta dos Bombeiros do estado do Rio de Janeiro mobilizou milhares de pessoas e alertou a sociedade fluminense para o descaso do governo Sérgio Cabral para com os servidores públicos. Em um ato de reivindicação legítimo, a corporação mais admirada pela sociedade viu seus companheiros presos por um governo ditador que os chama de “vândalos”. Os bombeiros não foram os primeiros servidores do Estado do RJ a serem atacados pelo governo: servidores da Saúde e da Educação lutam há anos por salários dignos e melhores condições de trabalho, sendo taxados de “vagabundos” ou “preguiçosos”. O governo Cabral, que costuma reprimir violentamente qualquer manifestação que coloque em xeque seu sistema imperial de governo, paga aos professores do estado um piso salarial menor do que R$ 700 mensais. O salário do Professor no Rio de Janeiro é um dos piores – se não o pior! – do país!

Unidade Classista apoia a luta dos Bombeiros no RJ

A Unidade Classista manifesta seu integral apoio aos bombeiros em greve no Rio de Janeiro.

Os bombeiros do Rio de Janeiro são um dos grupamentos mais exigidos ao longo de todo o ano no território brasileiro (Virada de Ano, “Viradão Cultural”, Carnaval, longa faixa de praias lotadas durante boa parte do ano), somando-se as já rotineiras tragédias provocadas pela inoperância dos governos, a exemplo do Morro do Bumba e da Região Serrana.

Nota do Sepe sobre a repressão do governador Cabral contra os Bombeiros

Do Blog Luta pela Educação

No início da manhã de sábado (dia 4/6), os cidadãos do Rio de Janeiro assistiram pasmos pelas TVs e rádios que estavam cobrindo a manifestação dos bombeiros no Quartel Central da corporação, a invasão do local por unidades especializadas que, geralmente, costumam ser utilizadas no combate ao tráfico de drogas nas favelas e que têm por objetivo a eliminação dos “inimigos”. Mais uma vez, o governo Cabral dá mostras de toda a sua incompetência e má-vontade para lidar com aqueles que não seguem a sua cartilha e faz uso de força desmedida contra trabalhadores e, até mesmo, mulheres e crianças que estavam no local apoiando seus familiares.

SEPE faz Congresso vitorioso

Nos dias 26, 27 e 28, com a presença de mais de 1200 delegados, o SEPE – Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação realizou o mais importante Congresso da sua história. Os seminários, grupos de discussão e os debates em plenário demonstraram que os educadores do Rio de Janeiro estão perfeitamente sintonizados com os desafios que terão que enfrentar no próximo período onde o capitalismo, na busca de nichos de lucratividade não se furtará em permitir o sucateamento do ensino público dentro de uma perspectiva privatista.