América Latina diante da crise

No dia 27/08, à noite, em sala na Faculdade Santa Doroteia, Ivan Pinheiro, vice-presidente nacional da Casa da América Latina e Secretário Geral PCB, proferiu palestra a respeito da conjuntura econômica e política vivida hoje pelos países e povos do nosso continente, em que convivem lado a lado o avanço das lutas populares em prol da soberania e da democracia e os ataques do imperialismo, que ameaça a paz através da instalação de bases militares dos EUA na Colômbia e por meio de golpes como a recente derrubada, pelas elites locais, com apoio da CIA, do governo legitimamente eleito pelo povo hondurenho. Ivan falou sobre a experiência de ter participado, como integrante de uma delegação brasileira, dos protestos populares em Honduras, nos dias 11 e 12 de agosto. A atividade foi promovida pelo Núcleo da Casa da América Latina em Nova Friburgo, com apoio da UJC e da Unidade Classista, organizações ligadas à Base Francisco Bravo, do PCB-NF.








CAL

O núcleo friburguense da Casa da América Latina, com apoio do PCB e da UJC friburguenses, convida para palestra de Ivan Pinheiro, Secratário Geral do PCB e Vice-Presidente da C.A.L..

Em pauta, temas como o golpe de Estado em Honduras, a intenção dos EUA em instalar bases militares da Colômbia entre outros assuntos.

Abaixo, o cartaz para divulgação (clique para obter um tamanho maior e enviá-lo pro e-mail).

O Militante 13

Clique nas imagens para ampliar a edição número 13 d'O Militante, o informativo da UJC e da Base Francisco Bravo, do PCB de Nova Friburgo/RJ.

Boletim do SINPRO

Sindicato dos Professores de Nova Friburgo e Região
(Av. Alberto Braune, 88 – Galeria São José – Ed. Tânia – salas 209/210 – Tel: 2522-4955)
NOVA FRIBURGO, AGOSTO DE 2009
SECRETARIA DE IMPRENSA, DIVULGAÇÃO E IMAGEM
sinpronf@uol.com.br

E A SAÚDE DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO, COMO FICA?


As recentes decisões tomadas pelas autoridades públicas e pelos diretores de estabelecimentos privados de ensino em relação à pandemia da gripe suína colocam, para nós, trabalhadores da Educação, a necessidade de fazer algumas reflexões. Em primeiro lugar, apesar de a grande mídia procurar jogar a responsabilidade pelo rápido desenvolvimento da epidemia no Brasil nas costas dos profissionais da saúde do setor público, acusando a estabilidade no emprego como principal fator de atraso e incompetência no enfrentamento ao problema, sabe-se muito bem que o quadro caótico em que se encontra a saúde pública em nosso país deve-se ao fato de o sistema ter sido sucateado pelos últimos governos de corte neoliberal, a fim de favorecer os planos de saúde particulares e as empresas privadas, da mesma forma em que se deu e continua avançando o processo de mercantilização do ensino.

Em segundo lugar, sem fechar os olhos à gravidade da situação, se faz necessária uma análise política: não é possível negar a existência de grandes interesses econômicos envolvidos na questão, principalmente aqueles relativos aos enormes lucros auferidos, neste momento, pelas multinacionais da indústria farmacêutica. Enquanto a gripe comum e enfermidades tratáveis com vacinas baratas continuam matando milhões de pessoas todo ano mundo afora, a gripe aviária (também conhecida como “gripe do frango”), que matou 250 pessoas em todo planeta no período de 10 anos, proporcionou grandes ganhos à transnacional Roche, proprietária do remédio Tamiflu. Será que a história se repete?

Medidas de saúde pública, sem dúvida, são urgentes e necessárias, mas estão faltando precisão e transparência na divulgação das informações, pois os governantes estão batendo cabeça e se contradizendo em relação aos números, à gravidade dos fatos e às iniciativas de combate à moléstia. Especificamente quanto à decisão de adiamento das aulas, não podemos ignorar que há especialistas criticando a iniciativa e questionando a sua eficácia, pois a mesma medida, adotada no México e nos Estados Unidos, não teria impedido que a doença continuasse se alastrando naqueles países. Questionamos ainda o fato de as decisões terem sido tomadas sem qualquer consulta aos trabalhadores, nem às suas representações sindicais.

Além disso, no discurso das autoridades e dos donos de escolas, parece estar ausente a preocupação com a peça fundamental da engrenagem que move a Educação neste país: o trabalhador. Mesmo não sendo consultados, professores e servidores deverão estar a postos para, a qualquer momento, repor as aulas perdidas, seja aos sábados, seja em todo o mês de dezembro e até em janeiro. Quiçá alguém também tenha a ideia de que as aulas sejam repostas nos domingos! Se o quadro é mesmo de calamidade pública, como a mídia e as autoridades querem fazer crer, mesmo sem o declararem de forma enfática, por que então o anúncio antecipado da reposição das aulas?


Querem acabar com as nossas férias e com o recesso de julho

A hora também é de ficar alerta diante da possibilidade de que novos ataques sejam desferidos contra os direitos dos trabalhadores, em função da situação de emergência criada. Um conjunto de medidas altamente desfavoráveis aos profissionais da Educação já estão sendo urdidas há algum tempo e é muito provável que patrões e governantes queiram aproveitar a onda da crise econômica mundial e da pandemia da gripe suína para pô-las em prática.

Não é de hoje que os donos das escolas particulares querem acabar com as férias dos professores, seja fracionando o mês de férias ao longo de todo o ano, seja forçando o retorno às aulas já no mês de janeiro (como acontece em algumas escolas de Nova Friburgo e de cidades da região), seja reduzindo ao mínimo o recesso de julho. Aliás, para alguns patrões, nem existe mais recesso em julho. Segundo eles, no meio do ano acontece o “descanso dos alunos”, como se o professor não precisasse recuperar suas energias, extremamente desgastadas pelo excesso de aulas ministradas nos diversos colégios em que é obrigado a trabalhar para compensar os baixos salários, pelo trabalho realizado em casa, nos momentos de folga, finais de semana e feriados!


A saúde do professor em perigo

A Síndrome de Burnout (do inglês burn out, significando “queimar por completo”), distúrbio psíquico de caráter depressivo, definido pelo psicanalista nova-iorquino Herbert J. Freudenberger como um estado de esgotamento físico e mental intenso cuja causa está intimamente ligada à vida profissional, é uma triste realidade que atinge grande parte do professorado brasileiro, em função do quadro perverso de trabalho experimentado pelos profissionais da Educação. Os sintomas físicos da doença são: dor de cabeça, distúrbios, irritabilidade, impaciência, propensão a largar o emprego, dentre outros. Muitas vezes, o profissional passa a ser visto como uma pessoa sem comprometimento, quando, na verdade, é vítima das condições precárias de seu trabalho. A Síndrome de Burnout é uma resposta a um estado de pressão muito grande, caracterizado pelo pela exaustão emocional.

O estresse é causado pelo excesso de compromissos profissionais; pelas contas a pagar no fim do mês, quando o salário já se foi; pelo desrespeito de alunos, pais e diretores; pela dificuldade cada vez maior de controlar as turmas; pela falta de cuidados com a voz, o mais importante instrumento de trabalho do professor; pela violência que invadiu a escola e a sala de aula; pela ameaça permanente do desemprego; pelos casos de assédio moral. E os patrões ainda querem reduzir o descanso do professor, aumentando dias letivos e carga horária, ao mesmo tempo em que reduzem salários, tentam impor o famigerado e ilegal banco de horas e retiram direitos históricos conquistados pelos trabalhadores? A que grau de calamidade querem, afinal, levar a Educação neste país?


Em defesa do calendário original

Quanto ao adiamento das aulas, deixamos clara nossa solidariedade às medidas de controle da gripe, mas que isso não signifique jogar todo o ônus da situação nas costas do professor, obrigado a repor aulas, ao se fazer avançar o calendário ou impor o trabalho aos sábados. Se as autoridades e os patrões decidiram, sem consulta ao professorado, pela suspensão das aulas, que esses dias sejam considerados dias letivos, já que se trata, na prática, de um caso de calamidade pública.

Por fim, exigimos, dos órgãos municipais responsáveis pela Educação e pela Saúde em nosso município, maior transparência e clareza nas informações sobre a epidemia em Nova Friburgo e a definição precisa de quais estratégias estão sendo adotadas para controlar o problema.


PRESERVAR NOSSOS DIREITOS É CUIDAR DA SAÚDE!
NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR NAS CONQUISTAS!

Jornada Nacional Unificada de Lutas - de 10 a 14 de agosto

NÃO ÀS DEMISSÕES, À REDUÇÃO DE SALÁRIOS E À RETIRADA DE DIREITOS DOS TRABALHADORES!

Trabalhadores de todo o Brasil vão à luta, durante a semana de 10 a 14 de agosto, contra os efeitos da crise econômica mundial do capitalismo: vamos dizer não às demissões e redução de salários, defendendo mais e melhores empregos, a manutenção e ampliação dos direitos sociais, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

A crise econômica atual é uma nova crise do sistema capitalista, que, por se basear na competição, na ganância e no interesse pelo lucro, provoca a quebra das empresas, o desemprego e a superexploração dos trabalhadores. Para compensar a queda das taxas de lucro, os grandes empresários apostaram na especulação financeira, sem controle algum dos governos. Agora conseguiram ajuda pública, e o dinheiro dos impostos pagos pela população mundial serviram para cobrir o prejuízo das multinacionais e dos bancos. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.

No Brasil, enquanto Lula defende Sarney e abraça Collor, dando suporte à corrupção institucionalizada, nada faz para impedir que as empresas continuem demitindo e reduzindo salários, inclusive aquelas que receberam auxílio através de verba pública e da redução dos impostos, como a Vale, a CSN, a Embraer e a Votorantim. Não fomos nós que fizemos a crise! Não vamos pagar por ela! É preciso lutar pela reforma agrária e urbana, pela ampliação das políticas em habitação, saneamento, educação e saúde, além de medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego, melhores salários e os direitos dos trabalhadores.

NOVA FRIBURGO: MAIOR ÍNDICE DE DESEMPREGO NO ESTADO

Em junho, Nova Friburgo apresentou o pior desempenho entre os 92 municípios do Estado do Rio em termos de geração e manutenção de vagas no mercado do trabalho. Foi o saldo mais negativo do Estado: menos 1.335 empregos no período. Não é de hoje que os trabalhadores sofrem com as demissões, redução de salários e perda de direitos. Nos últimos anos, as indústrias metalúrgicas, têxteis e do vestuário foram beneficiadas com a redução de impostos, mas nada repassaram para os trabalhadores! Pelo contrário, ampliaram as demissões, alimentando a enorme rotatividade de mão de obra na cidade. Enquanto nada faz para impedir o infortúnio dos trabalhadores, o governo municipal ajuda as grandes empresas: entrou na Justiça em favor da FAOL, para garantir o reajuste de 25% nas passagens de ônibus. Permite que a Energiza e a Águas de Nova Friburgo (antiga CAENF) continuem explorando o povo, através dos preços abusivos da luz e da água.

Nos dias 10 a 14 de agosto, o movimento sindical e popular de Nova Friburgo estará nas portas das fábricas protestando contra as demissões, o corte de salários e a retirada de direitos sociais:

DIA 10/08 (segunda) - 10h30 - agitação na porta da fábrica Filó - com carro de som do Sindicato dos Vestuários
DIA 11/08 (terça) - 12h30 - Fábrica de Rendas Arp - com carro de som do Sindicato dos Têxteis
DIA 12/08 (quarta) - 10h30 - Fábrica Stam - com a presença do Sindicato dos Metalúrgicos
DIA 13/08 (quinta) - 5h30 - Fábrica Haga - com Sindicato dos Metalúrgicos
18h - Assembleia dos servidores públicos municipais no Sindicato dos Têxteis - com SEPE e Sindicato dos Servidores

Dia 14/08 (SEXTA) - ATO PÚBLICO 18h
LOCAL: SINDICATO DOS TÊXTEIS
RUA AUGUSTO SPINELLI, nº 84 - Centro



CONTRA AS DEMISSÕES E EM DEFESA DA ESTABILIDADE NO EMPREGO! PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 36 HORAS SEMANAIS SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS! REFORMA AGRÁRIA E URBANA. REESTATIZAÇÃO DA PETROBRAS.
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!
Nenhum direito a menos.
RUMO A NOVAS conquistaS PARA OS TRABALHADORES!



CONLUTAS, INTERSINDICAL, SINDICATOS DOS TRABALHADORES TÊXTEIS, METALÚRGICOS, VESTUÁRIO, CONSTRUÇÃO CIVIL, HOTELEIROS, BANCÁRIOS, VIGILANTES, SINDSPREV, SINPRO, SEPE, ASSOCIAÇÃO DE DOCENTES DA FFSD, UJC, JS/PDT, PSOL, PCB, PSTU.