O Militante 14

O Militante (edição número 14) traz artigo sobre o vitorioso XIV Congresso do PCB e convocação dos camaradas, simpatizantes e amigos do PCB para o Curso de Formação Política da União da Juventude Comunista e da Base Francisco Bravo de Nova Friburgo.

ESTUDAR, ORGANIZAR, LUTAR!

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15 de Outubro é feriado!

Patrões, respeitem o dia do professor!
Boletim do Sindicato dos Professores de Nova Friburgo e região


Como se não bastasse a imposição, por parte dos donos das escolas particulares, de reposição de aulas aos sábados por causa do adiamento das aulas em virtude da epidemia da gripe H1N1, agora a novidade é a tentativa de transformar em dia letivo a data de 15 de outubro, consagrada pela tradição e pelo Acordo Coletivo vigente da categoria profissional, como feriado, dia de folga para os professores.

No início do semestre, por ocasião de toda a celeuma criada em torno da epidemia da gripe e das medidas a serem tomadas para evitar sua expansão, ficou de fora do discurso das autoridades e dos donos de escolas a preocupação em garantir o pleno funcionamento da peça fundamental que move toda a engrenagem da Educação neste país: o professor. Mesmo não sendo consultados acerca das medidas tomadas, na volta às aulas, professores e servidores foram obrigados a se enquadrar no planejamento imposto pelos diretores de escolas no sentido de repor as aulas perdidas, aos sábados e em todo o mês de dezembro. Neste planejamento que, raramente contou com a participação dos professores, muitas escolas pretendem desrespeitar o direito adquirido pelo trabalhador da Educação de festejar, de folga, seu dia máximo.

Não é de hoje que os donos das escolas particulares promovem ataques aos direitos dos trabalhadores da Educação, duramente conquistados ao longo de décadas de lutas pela valorização da profissão. É um projeto antigo dos capitalistas do ensino, por exemplo, acabar com as férias dos professores, seja fracionando o mês de férias ao longo de todo o ano, seja forçando o retorno às aulas no mês de janeiro (como, por sinal, já acontece em algumas escolas de Nova Friburgo e de cidades da região), seja reduzindo ao mínimo o recesso de julho. Aliás, para alguns patrões, nem existe mais recesso em julho. Segundo eles, no meio do ano acontece o “descanso dos alunos”, como se o professor não precisasse recuperar suas energias, extremamente desgastadas pelo excesso de aulas ministradas nos diversos colégios em que é obrigado a trabalhar para compensar os baixos salários, pelo trabalho realizado em casa, nos momentos de folga, finais de semana e feriados!

A saúde do professor em perigo

São inúmeros os casos de Síndrome de Burnout (do inglês burn out, significando “queimar por completo”) verificados atualmente no meio do professorado. Trata-se de distúrbio psíquico de caráter depressivo, um estado de esgotamento físico e mental intenso cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. Os sintomas físicos da doença são: dor de cabeça, distúrbios, irritabilidade, impaciência, propensão a largar o emprego, dentre outros. A Síndrome de Burnout é uma resposta a um estado de pressão muito grande, caracterizado pelo pela exaustão emocional. O estresse é causado pelo excesso de compromissos profissionais; pelas contas a pagar no fim do mês, quando o salário já se foi; pelo desrespeito de alunos, pais e diretores; pela dificuldade cada vez maior de controlar as turmas; pela falta de cuidados com a voz, o mais importante instrumento de trabalho do professor; pela violência que invadiu a escola e a sala de aula; pela ameaça permanente do desemprego; pelos casos de assédio moral. E os patrões ainda querem reduzir o descanso do professor, aumentando dias letivos e carga horária, ao mesmo tempo em que reduzem salários, tentam impor o famigerado e ilegal banco de horas e retiram direitos históricos conquistados pelos trabalhadores! A que grau de calamidade querem, afinal, levar a Educação neste país?

A Constituição brasileira trata a saúde como um direito fundamental. É obrigação dos patrões garantir um ambiente de trabalho sadio e íntegro. Professor, recuse-se a fazer qualquer coisa que queiram lhe impor.

O SINPRO DE NOVA FRIBURGO E REGIÃO ESTÁ ACIONANDO O MINISTÉRIO DO TRABALHO E O MINISTÉRIO PÚBLICO PARA GARANTIR A PRESERVAÇÃO DA DATA MÁXIMA DOS PROFESSORES. PATRÕES, TIREM AS MÃOS DO DIA 15 DE OUTUBRO, DIA DO PROFESSOR!


PRESERVAR DIREITOS É CUIDAR DA SAÚDE!

NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR NAS CONQUISTAS!

Vitòria da Esquerda no DCE Mário Prata da FSD

29 de Setembro foi um dia especial para o movimento estudantil de Nova Friburgo, pois a democracia voltou ao DCE Mário Prata, da Faculdade Santa Dorotéia. Após uma gestão inepta da chapa DUFF, eleita ao final do ano passado, o mesmo diretório corria o risco de mais uma vez ficar inativo, caso a chapa (Re) Integrar fosse a vencedora do pleito eleitoral realizado.

A citada chapa apresentou-se com discurso claro de atrelamento à direção da Instituição de Ensino Superior privado e na contramão dos reais interesses do alunado, praticando uma espécie de “peleguismo estudantil”, por defender as atuais diretorias da UNE e da UEE, totalmente subordinadas ao PC do B e ao PT, partidos “chapa branca”, encaminhadores da política governista e burguesa no seio do movimento estudantil brasileiro atual. No debate entre as chapas, realizado na véspera do pleito, a Chapa (RE) Integrar foi ainda questionada sobre o suposto financiamento de seu material de campanha (camisetas, folders em papel couché, cartazes) por um setor do corpo docente, o que seria inadmissível para qualquer chapa que tenha o mínimo respeito pelos alunos e assuma o compromisso de representar, de forma independente da Instituição, os interesses estudantis. Seus representantes não conseguiram se defender direito da denúncia.

Com uma proposta séria e viável, visando realmente defender os interesses estudantis, combatendo a política que, nos últimos anos, é responsável pela sistemática destruição de conquistas democráticas, no mundo do trabalho e no campo da Educação, visando o seu total sucateamento e desmobilizando o MOVIMENTO ESTUDANTIL, a Chapa CONSTRUÇÃO, apoiada por partidos políticos e movimentos de esquerda (PSTU, PCB, PSOL, PSB, UJC), conquistou corações e mentes da maioria do alunado da FSD, que acredita na RECONSTRUÇÃO do próprio DCE-MP e do ME. A Chapa CONTRUÇÃO foi democraticamente eleita para gestão com 127 votos contra 104 da chapa adversária.

PARABÉNS!!!

OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!!!