Câmara de Nova Friburgo homenageia líder comunista

Em reunião solene promovida na noite de quinta-feira, 2 de dezembro, pela Câmara Municipal, por iniciativa do Vereador Cláudio Damião (PT), dirigentes políticos e sindicalistas prestaram bela e justa homenagem ao centenário de nascimento do líder operário comunista Francisco de Assis Bravo, mais conhecido como Chico Bravo.

Para romenos, o socialismo era melhor que o capitalismo realmente existente

James Cross -- Qua, 03 de novembro de 2010


Realizada entre agosto e setembro do presente ano pelo instituto romeno de sondagens de opinião CSOP, a pesquisa mostrava que mais de 49% coincidia em que a vida era melhor sob o governo do falecido líder comunista Nicolae Ceausescu, enquanto que só 23% pensava que a vida hoje é melhor. O resto dava uma resposta neutra ou não sabe/não tem opinião.

“Na França, os jovens se mobilizam contra os destruidores do futuro”

Para secretário do Movimento Jovens Comunistas, prioridade é atrair para luta

Abrahim Saravaki
l'Humanité

Para Pierric Annoot, secretário geral do Movimento Jovens Comunistas da França (MJCF), a prioridade é atrair todos os jovens para a batalha e, portanto, não ceder às tentativas de divisão da direita, trazendo todos os estudantes para a ação e fazendo um debate político de fundo. Veja a seguir entrevista com ele.

O governo fala que o projeto de lei da reforma previdenciária foi feito para os jovens. Qual é sua resposta?
Pierric Annoot – De fato, desde abril, Eric Woerth [ministro do Trabalho francês] não para de repetir que a reforma está sendo feita para os jovens que têm 20 anos hoje. Mais uma vez, o que é feito em nosso nome é feito sem nós e contra nós. Elevando a idade para a aposentadoria, menos empregos serão liberados e, portanto, o desemprego dos jovens, que já está em 25%, será agravado. É, assim, uma aberração que esconde uma mentira. A direita diz que quer salvar a seguridade social, mas sua reforma visa, pelo contrário, a empurrar os assalariados de hoje e de amanhã para a aposentadoria privada.

Atentado contra Secretário Geral da JCE

BOLETIM DE IMPRENSA

Na segunda-feira, 25 de outubro de 2010, aproximadamente às 13:30 da tarde, o diplomado da Faculdade de Direito e Secretário Geral da Juventude Comunista do Equador, Edwing Pérez, sofreu um atentado. Tal ação gerou sua imediata internação ma clínica Kennedy, onde foi submetido a uma cirurgia de alto risco.

O suposto autor é um estudante de Direito, chamado Neptalí Ramírez, conhecido como “o escorpião”. Trata-se de um elemento mercenário da política, vinculado aos movimentos Sociedade Patriótica e Polícia do Guerreiro.

O motivo desta brutal agressão é o desespero em que se encontram estes setores, juntamente a outros, unidos em torno das Forças Democráticas Autênticas da Universidade. O desespero se instalou quando conseguimos uma resolução judicial que anula as fraudulentes eleições da FEUE, nas quais o agressor figurava como “vicê-presidente da LDU”, apoiadas pela maioria do Conselho Universitário, o que resulta em novas eleições. A isto, se soma o fato de que estes mesmos setores, com o aporte adicional do MPD, tentaram, sem conseguir, respaldo da Universidade para a intentona golpista de 30 de setembro passado.

Este atentado criminoso contra Edwing Pérez despertou enorme indignação nos setores Estudantis Democráticos e em diversas Organizações Juvenis de Trabalhadores e populares, que fazem chegar sua solidariedade frente este o ocorrido.


COMITÊ CENTRA DA JCE
SAUDAÇÕES AO CAMARADA EDWING
FAVOR DIFUNDIR POR TODOS OS MEIOS
TEMOS QUE DENUNCIAR OS GRUPOS FASCISTAS E GOLPISTAS


Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

O militante 17



DERROTAR SERRA NO 2º TURNO

Com o fim do primeiro turno das eleições, o cenário político não apresenta perspectivas de melhora para a classe trabalhadora. O dois candidatos levados ao segundo turno foram escolhidos há bastante tempo por setores dominantes da sociedade brasileira. Somente com a organização de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista permanente, que se estruture para além dos períodos eleitorais, será possível fazer o enfrentamento radical ao sistema capitalista no Brasil.

Em Nova Friburgo e em quase todas as cidades vizinhas, a ordem dos primeiros colocados na votação demonstrou o grau de maior conservadorismo do nosso eleitorado, profundamente influenciado pela mídia burguesa e pelos políticos de direita, que são maioria na região: o candidato Serra foi primeiro colocado na grande maioria dos municípios. Uma das questões que podem explicar tal resultado foi a despolitização extrema deste processo eleitoral, de que o PT e seu governo são também responsáveis, ao terem abandonado bandeiras históricas da esquerda e dos movimentos populares para disputarem com o PSDB e o governo FHC qual dos dois gerentes do capitalismo brasileiro conquistaram melhores índices de crescimento econômico e de distribuição de migalhas aos pobres.

Desta forma, acabou ganhando vulto o discurso dos moralistas e hipócritas de plantão, que descarregaram seu ódio contra o aborto e o casamento homossexual. Bispos, padres, pastores e mais algumas lideranças religiosas fazem o desserviço de guiar milhares de fiéis pelo caminho do obscurantismo medieval. Uma política pública de saúde digna num Estado laico exige a descriminalização do aborto, bandeira histórica do movimento das mulheres, em defesa do direito pleno aos cuidados com seu corpo. A união civil dos homossexuais já é uma conquista do movimento LGBTT. Retroceder em temas como estes é dar vazão a uma histeria fascistizante e impedir o aprofundamento das discussões sobre as questões sociais. E mais: é permitir que as próximas campanhas “moralizadoras” dirijam-se de forma ainda mais violenta contra os movimentos populares, as lutas dos sem-terra, sem-teto, operários e professores, já bastante criminalizados e perseguidos em vários Estados do Brasil.

O PCB não fará campanha para quaisquer dos candidatos em disputa no segundo turno e anuncia que estará na oposição contra qualquer um dos governos que sair vencedor no pleito. Mas, através da nota “Derrotar Serra nas urnas e depois Dilma nas ruas”, orienta os militantes e amigos do Partido a exercer o voto crítico no PT, considerando que um governo demotucano representaria a retomada do poder nas mãos da direita tradicional. Esta opção significa uma ameaça maior à organização e mobilização da classe trabalhadora, a criminalização aberta dos movimentos populares e, principalmente, a ação desestabilizadora dos governos progressistas da América Latina, em comum acordo com o imperialismo estadunidense.



UM ARRASTÃO DA BURGUESIA VARREU A CIDADE

Nossa cidade foi invadida por cerca de sete mil jovens estudantes de Medicina, reunidos no OREM (Olimpíadas Regionais de Estudantes de Medicina). A Prefeitura já havia sido avisada de que era um risco: toda cidade que já acolheu o evento reclama do saldo extremamente negativo deixado por ele. Não foi diferente em Friburgo: destruíram as escolas que lhes serviram de abrigo, deram prejuízo a comerciantes, não deixaram a vizinhança dormir, numa demonstração de total desrespeito à população friburguense, que, em diversos momentos, foi achincalhada por playboys e patricinhas! Como bem disse o Vereador Professor Pierre, da Tribuna da Câmara, se fossem pobres e trabalhadores, teriam sido presos e autuados por promoverem um ARRASTÃO! Mas, como eram filhinhos da burguesia, “exageraram” um pouco. Que ganhos o evento trouxe para a cidade? Aliás, houve mesmo jogos olímpicos? Não se trata aqui de externar nenhuma postura moralista contra os naturais excessos da juventude, mas de questionar como o desgoverno municipal que aí está permitiu a baderna da elite. Só pra provar que o tal do “choque de ordem” (que foi peça de propaganda do prefeito eleito) só é aplicado contra pobres e trabalhadores.



BRIGA DE CACHORRO GRANDE

Depois do arrastão burguês, a crise tomou conta do governo municipal. Nosso alcaide Heródoto continua afastado por licença médica, por ter sofrido um acidente em uma estação de trem na Suíça (quanta ironia do destino junta!). No seu lugar assumiu o vice, que resolveu governar a seu jeito, fechando a Secretaria de Leitura e demitindo vários secretários, inclusive o antes todo-poderoso “primeiro-ministro” Bráulio Rezende! Dizem que o “premier” de Dermeval Neto será Paulo Azevedo, que pensávamos ter sido definitivamente defenestrado da vida política. Mas, tal qual fênix, eis que ressurge das cinzas, mesmo tendo recebido míseros 6.722 votos na eleição para deputado estadual. O que ninguém podia mesmo imaginar é que a ancestral disputa entre as velhas oligarquias políticas friburguenses (que se reproduz através dos tempos nas lutas entre UDN e PSD, ARENA e PMDB e hoje entre inexpressivas legendas de aluguel) iria se manifestar dentro do mesmo governo!!! Enquanto isso, nosso povo continua sofrendo com os ônibus lotados, passagens caras, aumento da tarifa de água para inclusão do serviço de esgoto (que devia ser obrigatório), saúde, educação e serviços públicos sucateados. É o desgoverno municipal em ação. Olha o voto cebola aí, gente!

Derrotar Serra no 2º turno

Com o fim do primeiro turno das eleições, o cenário político não apresenta perspectivas de melhora para a classe trabalhadora. Os dois candidatos levados ao segundo turno foram escolhidos há bastante tempo por setores dominantes da sociedade brasileira. Somente com a organização de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista permanente, que se estruture para além dos períodos eleitorais, será possível fazer o enfrentamento radical ao sistema capitalista no Brasil.

Em Nova Friburgo e em quase todas as cidades vizinhas, a ordem dos primeiros colocados na votação demonstrou o grau de maior conservadorismo do nosso eleitorado, profundamente influenciado pela mídia burguesa e pelos políticos de direita, que são maioria na região: o candidato demotucano José Serra foi primeiro colocado na grande maioria dos municípios. Uma das questões que podem explicar este resultado foi a despolitização extrema deste processo eleitoral, de que o PT e seu governo são também responsáveis, ao terem abandonado bandeiras históricas da esquerda e dos movimentos populares para disputarem com o PSDB e o governo FHC qual dos dois gerentes do capitalismo brasileiro conquistaram melhores índices de crescimento econômico e de distribuição de migalhas aos pobres.

Desta forma, acabou ganhando vulto o discurso dos moralistas e hipócritas de plantão, que descarregaram seu ódio contra o aborto e o casamento homossexual. Bispos, padres, pastores e mais algumas lideranças religiosas fazem o desserviço de guiar milhares de fiéis pelo caminho do obscurantismo medieval. Uma política pública de saúde digna num Estado laico exige a descriminalização do aborto, bandeira histórica do movimento das mulheres, em defesa do direito pleno aos cuidados com seu corpo. A união civil dos homossexuais já é uma conquista do movimento LGBTT. Retroceder em temas como estes é dar vazão a uma histeria fascistizante e impedir o aprofundamento das discussões sobre as questões sociais. E mais: é permitir que as próximas campanhas “moralizadoras” dirijam-se de forma ainda mais violenta contra os movimentos populares, as lutas dos sem-terra, sem-teto, operários e professores, já bastante criminalizados e perseguidos em vários Estados do Brasil.

O PCB não fará campanha para quaisquer dos candidatos em disputa no segundo turno e anuncia que estará na oposição contra qualquer um dos governos que sair vencedor no pleito. Mas, através da nota “Derrotar Serra nas urnas e depois Dilma nas ruas”, orienta os militantes e amigos do Partido a exercer o voto crítico no PT, considerando que um governo demotucano representaria a retomada do poder nas mãos da direita tradicional. Esta opção significa uma ameaça maior à organização e mobilização da classe trabalhadora, uma política de aprofundamento das privatizações e de precarização dos direitos sociais, a criminalização aberta dos movimentos populares e, principalmente, a ação desestabilizadora dos governos progressistas da América Latina, em comum acordo com o imperialismo estadunidense.

Comissão Política da Base Francisco Bravo
PCB de Nova Friburgo

Derrotar Serra nas urnas e depois Dilma nas ruas

(Nota Política do PCB)

O PCB apresentou, nas eleições de 2010, através da candidatura de Ivan Pinheiro, uma alternativa socialista para o Brasil que rompesse com o consenso burguês, que determina os limites da sociedade capitalista como intransponíveis. As candidaturas do PCO, do PSOL e do PSTU também cumpriram importante papel neste contraponto.

Hoje, mais do que nunca, torna-se necessário que as forças socialistas busquem constituir uma alternativa real de poder para os trabalhadores, capaz de enfrentar os grandes problemas causados pelo capitalismo e responder às reais necessidades e interesses da maioria da população brasileira.

Estamos convencidos de que não serão resolvidos com mais capitalismo os problemas e as carências que os trabalhadores enfrentam, no acesso à terra e a outros direitos essenciais à vida como emprego, educação, saúde, alimentação, moradia, transporte, segurança, cultura e lazer. Pelo contrário, estes problemas se agravam pelo próprio desenvolvimento capitalista, que mercantiliza a vida e se funda na exploração do trabalho. Por isso, nossa clara defesa em prol de uma alternativa socialista.

Mais uma vez, a burguesia conseguiu transformar o segundo turno numa disputa no campo da ordem, através do poder econômico e da exclusão política e midiática das candidaturas socialistas, reduzindo as alternativas a dois estilos de conduzir a gestão do capitalismo no Brasil, um atrelando as demandas populares ao crescimento da economia privada com mais ênfase no mercado; outro, nos mecanismos de regulação estatal a serviço deste mesmo mercado.

Neste sentido, o PCB não participará da campanha de nenhum dos candidatos neste segundo turno e se manterá na oposição, qualquer que seja o resultado do pleito. Continuaremos defendendo a necessidade de construirmos uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, permanente, para além das eleições, que conquiste a necessária autonomia e independência de classe dos trabalhadores para intervirem com voz própria na conjuntura política e não dublados por supostos representantes que lhes impõem um projeto político que não é seu.

O grande capital monopolista, em todos os seus setores - industrial, comercial, bancário, serviços, agronegócio e outros - dividiu seu apoio entre estas duas candidaturas. Entretanto, a direita política, fortalecida e confiante, até pela opção do atual governo em não combatê-la e com ela conciliar durante todo o mandato, se sente forte o suficiente para buscar uma alternativa de governo diretamente ligado às fileiras de seus fiéis e tradicionais vassalos. Estrategicamente, a direita raciocina também do ponto de vista da América Latina, esperando ter papel decisivo na tentativa de neutralizar o crescimento das experiências populares e anti-imperialistas, materializadas especialmente nos governos da Venezuela, da Bolívia e, principalmente, de Cuba socialista.

As candidaturas de Serra e de Dilma, embora restritas ao campo da ordem burguesa, diferem quanto aos meios e formas de implantação de seus projetos, assim como se inserem de maneira diferente no sistema de dominação imperialista. Isto leva a um maior ou menor espaço de autonomia e um maior ou menor campo de ação e manobra para lidar com experiências de mudanças em curso na América Latina e outros temas mundiais. Ou seja, os dois projetos divergem na forma de inserir o capitalismo brasileiro no cenário mundial.

Da mesma forma, as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos dois projetos em disputa, diferem quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização.

Outra diferença é a questão da privatização. Embora o governo Lula não tenha adotado qualquer medida para reestatizar as empresas privatizadas no governo FHC, tenha implantado as parcerias público-privadas e mantido os leilões do nosso petróleo, um governo demotucano fará de tudo para privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as multinacionais.

Para o PCB, estas diferenças não são suficientes qualitativamente para que possamos empenhar nosso apoio ao governo que se seguirá, da mesma forma que não apoiamos o governo atual e o governo anterior. A candidatura Dilma move-se numa trajetória conservadora, muito mais preocupada em conciliar com o atraso e consolidar seus apoios no campo burguês do que em promover qualquer alteração de rumo favorável às demandas dos trabalhadores e dos movimentos populares. Contra ela, apesar disso, a direita se move animada pela possibilidade de vitória no segundo turno, agitando bandeiras retrógradas, acenando para uma maior submissão aos interesses dos EUA e ameaçando criminalizar ainda mais as lutas sociais.

O principal responsável por este quadro é o próprio governo petista que, por oito anos, não tomou medida alguma para diminuir o poderio da direita na acumulação de capital e não deu qualquer passo no sentido da democratização dos meios de comunicação, nem de uma reforma política que permitisse uma alteração qualitativa da democracia brasileira em favor do poder de pressão da população e da classe trabalhadora organizada, optando pelas benesses das regras do viciado jogo político eleitoral e o peso das máquinas institucionais que dele derivam.

Considerando essas diferenças no campo do capital e os cenários possíveis de desenvolvimento da luta de classes - mas com a firme decisão de nos mantermos na oposição a qualquer governo que saia deste segundo turno - o PCB orienta seus militantes e amigos ao voto contra Serra.

Com o possível agravamento da crise do capitalismo, podem aumentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e a repressão aos movimentos populares. A resistência dos trabalhadores e o seu avanço em novas conquistas dependerão muito mais de sua disposição de luta e de sua organização e não de quem estiver exercendo a Presidência da República.

Chega de ilusão: o Brasil só muda com revolução!

PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

COMITÊ CENTRAL

Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2010

Escolha a melhor alternativa de Esquerda e não o Capitalismo "menos ruim"





Nos últimos anos, os processos eleitorais caracterizam-se pela completa despolitização e o debate ideológico se apresenta como se só houvesse um projeto para a humanidade, o da burguesia. Cada vez mais as campanhas dos partidos da ordem baseiam-se em grandes produções midiáticas, em que buscam vender candidatos que melhor se apresentam para gerenciar a máquina pública em favor dos interesses capitalistas.

Nas eleições deste ano o quadro não é diferente. Em vários aspectos, há uma americanização da disputa eleitoral: a mercantilização crescente do processo leva à falsa polarização entre duas coligações representantes da ordem burguesa. As classes dominantes tentam impor ao povo brasileiro uma polarização artificial.

Nenhum dos candidatos do sistema se propõe a enfrentar o grande poder dos bancos, das grandes empresas e do agronegócio. Mas o jogo midiático eleitoral os apresenta como adversários inconciliáveis. Para tanto, manipulam a opinião pública e excluem os partidos de esquerda nos grandes jornais e sobretudo nos espaços e debates na televisão.

Nesta conjuntura, torna-se fora de propósito a defesa do chamado “voto útil”, mais ainda em se tratando de uma eleição em dois turnos, que cria a oportunidade, no primeiro turno, do voto ideológico, do voto em quem se acredita de verdade, do voto no melhor candidato e não no “menos ruim”. A justificativa do voto útil não tem o menor sentido, menos ainda quando as pesquisas eleitorais apontam para a possível solução da disputa já no primeiro turno.

Agora, portanto, é hora do voto consciente. O voto da identidade da esquerda. O voto pelas transformações sociais. O voto para a construção de um futuro socialista em nosso país.

A esquerda não pode votar rebaixada neste primeiro turno. Em nome de nosso próprio futuro, é necessário reafirmar a identidade da esquerda e demonstrar o inconformismo com o capitalismo e a ordem burguesa.

Não se pode esquecer que nosso país se transformou no paraíso dos banqueiros e dos grandes capitalistas. Se o governo FHC implantou o neoliberalismo e alienou o patrimônio público, nunca esses setores lucraram tanto como no governo Lula, que aprofundou a reforma da previdência, implantou as PPPs, aprovou as novas leis das S/A e de falências, para favorecer o grande capital; que financiou o grande capital monopolista e o agronegócio, com juros baratos e dinheiro público; o mesmo governo que inviabilizou a reforma agrária tão prometida no passado.

Se as pesquisas estiverem corretas, serão mais quatro anos de governo para os ricos, com apenas mais algumas migalhas para os pobres e desta vez com Michel Temer de Vice e o PMDB com uma força inaudita.

Por isso, a esquerda tem a responsabilidade de reafirmar seu compromisso com as transformações sociais e a causa socialista.

Nesse sentido, o PCB, reconstruído revolucionariamente, por suas propostas, sua história, sua participação nas lutas sociais e seu internacionalismo militante, se apresenta com autoridade política para cumprir o papel de estuário do voto ideológico da esquerda que não se rendeu, do voto que pensa na frente de esquerda para além das eleições.

É o voto pela revolução socialista e em defesa das lutas dos trabalhadores no Brasil e em todo o mundo. O voto de repúdio à ação do imperialismo no planeta, de apoio aos povos e governos responsáveis pelas transformações sociais na América Latina, de solidariedade incondicional a Cuba Socialista, de apoio militante ao Estado Palestino.

Com sua coerência e firmeza, sem concessão na sua linha política em troca do voto, o PCB se credencia para contribuir na construção da Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, a frente política e social que irá liderar o processo de transformações revolucionárias em nosso país.

Por entender que não está sozinho neste caminho, o PCB também compreende a importância do fortalecimento dos demais partidos da verdadeira esquerda nestas eleições. O voto na esquerda é fundamental para que se possa construir na prática o grande movimento político e social que irá desencadear o processo de mudanças no Brasil.

Não deixe que a direita escolha a “esquerda” por você. Escolha você mesmo. Resista à tentativa de esmagamento da verdadeira esquerda. Não vote inútil. Não escolha a forma de gestão do capitalismo. Vote útil, no socialismo.


Quem sabe faz agora, não espera acontecer.

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2010.
Comissão Política Nacional – Comitê Central do PCB

Os novos rumos da Revolução Cubana

O professor de comunicação cubano José Ramón Vidal analisa as mudanças econômicas que o governo planeja


Igor Ojeda
da Redação



As medidas econômicas anunciadas recentemente em Cuba não significarão o fim do socialismo, garante, em entrevista por correio eletrônico, o cubano José Ramón Vidal, professor de comunicação e coordenador do Programa de Comunicação Popular do Centro Martin Luther King (CMLK), em Havana, capital do país.

No dia 13, um comunicado da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) revelou que o governo cubano planeja demitir, até o primeiro trimestre de 2011, meio milhão de trabalhadores estatais e incentivar as pequenas iniciativas privadas, como trabalhos autônomos, empresas familiares e cooperativas. O objetivo seria a melhoria da eficiência da economia cubana, que vem se deteriorando fortemente nos últimos anos, depois de uma franca recuperação pós-Período Especial, como é chamada a época que se seguiu à queda da União Soviética.

Boa parte da imprensa internacional, assim como brasileira, anunciou, como consequência de tais medidas, o início do fim do socialismo na ilha caribenha, mas, para Vidal, elas “não apenas são compatíveis com um projeto socialista como também são indispensáveis para se alcançar sua sustentabilidade nas atuais circunstâncias”, pois o Estado, segundo ele, manterá a propriedade sobre os meios de produção e distribuição fundamentais.

Vidal alerta, no entanto, que tais transformações só fortalecerão o socialismo na ilha se forem aplicadas por meio do protagonismo popular. “Se as fizerem [as mudanças econômicas] a partir de posições tecnocráticas, sem um consenso real que leve em conta, o máximo possível, os interesses legítimos dos diversos atores sociais, podem ser letais para o projeto socialista”, afirma.

Brasil de Fato – O que o governo cubano busca com as medidas econômicas anunciadas recentemente?

José Ramón Vidal – As modificações do modelo econômico centram-se, até o momento, na redução ou eliminação de gratuidades e subsídios, redução de pessoal (planeja-se que, para o primeiro trimestre de 2011, se conclua uma primeira fase desse processo, com uma diminuição de meio milhão de vagas de trabalho), ampliação do mercado interno (ofertas turísticas nacionais, venda de eletrodomésticos e serviços de telefonia celular etc.), ampliação do trabalho autônomo e o arrendamento de terras e de pequenos estabelecimentos a seus trabalhadores, tais como barbearias e cabeleireiros, serviços de táxi, entre outros. Tudo dirigido a tornar a economia mais eficiente e a resgatar a necessidade do trabalho como meio de vida, assuntos vitais para a sustentabilidade do país. Essas medidas, além disso, liberam o Estado da administração de pequenos negócios, algo que, desde há muito tempo, havia se identificado como uma hipertrofia do modelo socialista.

As mudanças do modelo econômico se dão em meio a uma situação muito complexa, na qual combinam-se a deterioração consolidada dos indicadores de eficiência econômica – que repercute em menor produção e produtividade, tanto na indústria como na agricultura – e expressões muito extensas de corrupção e ilegalidades. Somam-se ainda, a esses elementos, os impactos externos (queda dos preços do níquel e dos ingressos provenientes do turismo, principalmente) – que repercutem em uma diminuição sensível do crescimento do PIB (até 1,4% em 2009 e estimados 1,9% para 2010, segundo cálculos oficiais) – e a emergência de uma crise financeira do sistema bancário nacional. Não podem ficar fora dessa análise os impactos negativos que o bloqueio dos EUA e os efeitos devastadores dos furacões de 2008 provocam sobre toda a atividade econômica e financeira. Em outras palavras, as medidas em curso ou anunciadas tendem a enfrentar essas complexa situação.

Pode-se dizer que essa é a mudança econômica mais radical em Cuba desde a implementação do socialismo no país? Implementa-se, de fato, um novo modelo econômico?

Na minha opinião, são mudanças importantes com repercussões econômicas e sociais, mas não devem ser magnificadas. O Estado manterá a propriedade sobre os meios de produção e distribuição fundamentais. Haverá novos e renovados atores econômicos (mais cooperativas, mais trabalhadores autônomos e pequenos negócios familiares, arrendamentos de estabelecimentos pequenos ao coletivo de trabalhadores), uma utilização muito mais protagônica do sistema tributário, da política monetária, e um maior apego ao realismo de que ninguém, nem pessoa, família ou país, pode gastar mais do que produz. Mas acredito que tudo isso não apenas é compatível com um projeto socialista como também é indispensável para se alcançar sua sustentabilidade nas atuais circunstâncias.

O tema medular radica em como serão aplicadas essas transformações. Se as fizerem a partir de posições tecnocráticas, sem um consenso real que leve em conta, o máximo possível, os interesses legítimos dos diversos atores sociais, podem ser letais para o projeto socialista. Mas, se forem orientadas para favorecer a uma maior socialização do poder, uma maior participação real dos trabalhadores na condução de seus empreendimentos e centros trabalhistas – e, em geral, se fortalecerem os mecanismos de poder popular e não deixarem abandonados à sorte nenhuma família que, justificadamente, não puder garantir seu sustento por meio do trabalho, como se proclamou –, então, o projeto socialista se fortalecerá e se fará realmente sustentável.

Sabe-se que a economia cubana sempre dependeu muito da contribuição de outros países. Com a adoção das novas medidas, você acredita que se abre a perspectiva para uma base produtiva mais forte e dinâmica, que diminua essa dependência da ajuda econômica externa?

Claro que uma melhora da produtividade do trabalho, e, em geral, dos indicadores de eficiência econômica, torna o país muito mais forte e o põe em melhores condições para participar dos processos integradores em curso em nossa região. Cuba tem um potencial enorme em seus recursos humanos altamente qualificados. Sua utilização de maneria mais eficiente beneficiará não apenas nosso povo como também aqueles que têm recebido nosso apoio.

Como o povo cubano vem reagindo ao anúncio de mudanças? Como foi o processo de elaboração e discussão delas? Houve um processo de consultas aos trabalhadores?

Obviamente, muitas pessoas se preocupam com seu futuro imediato. Elas se perguntam: “Estarei entre esse meio milhão de pessoas que será demitido?” É um processo difícil que, de imediato, trará a muitas famílias tensões que não podem ser minimizadas. Atualmente, discute-se nos centros de trabalho um comunicado da Central de Trabalhadores de Cuba que anuncia e explica a medida de redução de vagas que está para começar. Reitera-se que será um processo transparente com a plena participação do sindicato e que os critérios de idoneidade serão os que guiarão as decisões. Esta é a medida mais complexa de se aplicar. Um assunto que gera preocupação é se, durante o ano de 2011, poderão ser criados empregos suficientes para compensar significativamente os cortes que serão feitos no primeiro trimestre. Espera-se que uma parte dos demitidos se autoempreguem, pela via do trabalho autônomo, e que alguns setores econômicos com déficits de trabalhadores – como a agricultura e a construção – sejam também um alívio à situação de desemprego criada. As transformações restantes encontrarão menos dificuldade para alcançar consenso e, mais ainda, despertar esperanças de melhora da vida cotidiana.

As mudanças anunciadas preveem a autorização para que os microempresários ou trabalhadores autônomos contratem força de trabalho. Como garantir que não ocorra exploração e que não se aumente a desigualdade social?

Em todo esse período que chamamos “especial”, desencadeado pelo colapso da União Soviética e do socialismo europeu, os índices de desigualdade em Cuba cresceram. O fato de que muitas pessoas tenham, legal ou ilegalmente, ingressos não provenientes do trabalho provoca essas desigualdades. A nós, em Cuba, isso, com toda razão, é indesejável, mas tais índices estão muito longe dos níveis de desigualdade do resto do continente americano. As novas medidas tendem a regularizar fatos que já ocorrem na prática e, nesse sentido, a própria legalização é uma medida de proteção. O empregador terá que pagar um imposto para a seguridade social de seu empregado. Será preciso, além disso, imaginar outras formas de proteção, para que os direitos desses trabalhadores sejam respeitados. Pessoalmente, penso que os sindicatos poderiam desempenhar um papel nisso.

Debate entre os presidenciáveis da Esquerda

DEBATE ENTRE CANDIDATOS DE ESQUERDA NESTA TERÇA-FEIRA, DIA 21, ÀS 21 HORAS, PELA INTERNET.

CONFIRMADOS IVAN PINHEIRO (PCB), JOSÉ MARIA (PSTU) E RUI PIMENTA (PCO).

Veja abaixo Nota do jornal Brasil de Fato

Debate entre candidatos a presidente no campo da esquerda

Um esforço do Brasil de Fato para se opor ao caráter anti-democrático do atual processo eleitoral

As eleições – espaço político importante para apresentar projetos para o país e elevar a consciência política da população brasileira – estão cada vez mais despolitizadas e mais dependentes do poder econômico. São vergonhosas e imorais as milionárias cifras gastas para eleger os poderes Executivo e Legislativo em nosso país.

A campanha eleitoral está reduzida à propaganda na televisão, a marketing de pessoas – não de

programas – que dependem de esquemas econômicos muito caros. A compra de cabos eleitorais – “militância” paga e material de propaganda sofisticados – se tornou um fato normal. Com isso, tem mais vantagem os candidatos que conseguem maiores arrecadações de recursos, junto a empresas, bancos etc., em mecanismos promíscuos para quem deseja ocupar cargos públicos e administrar volumosos recursos do povo.

Nesse cenário, não há um clima de debates de ideias e de agitação política na sociedade. As campanhas eleitorais estão engessadas, moldadas por uma legislação que impede uma participação popular mais ativa. Limita comícios e atividades de agitação política próprias da natureza do processo.

Com o debate sobre os rumos do país jogado ao ostracismo, a grande ausente do processo eleitoral brasileiro é a política. Política aqui entendida como a disputa de interesses contraditórios acerca dos problemas fundamentais da sociedade. E, numa sociedade de classes, desigual como a brasileira, o desaparecimento do conflito favorece os mais fortes, os dominantes.

A mídia corporativa cumpre um papel fundamental nesta mediocrização das campanhas eleitorais. A cobertura limita-se aos “favoritos” – exatamente aqueles com os orçamentos milionários – e a linha editorial prioriza as trajetórias e características pessoais dos candidatos. Ou seja, projetos para o país jamais são discutidos.

Num esforço para apresentar alternativa ao quadro eleitoral, o Brasil de Fato realizará no dia 21 de setembro, às 21 horas, um debate entre os candidatos à Presidência da República representados em nosso conselho editorial. Foram convidados Dilma Rousseff (PT), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria de Almeida (PSTU), Marina Silva (PV), Plínio Arruda Sampaio (PSOL) e Rui Costa Pimenta (PCO).

Seguindo sua característica de ser plural no campo da esquerda, o jornal Brasil de Fato convida também outros veículos de comunicação da imprensa alternativa e popular no sentido de dar amplitude ao debate.

Este debate trata-se de uma atividade unificada de movimentos sociais e partidos de esquerda, aberto a adesão de outros movimentos que entendem a importância de fortalecer a diversidade de vozes dentro de uma sociedade democrática.

O debate terá também um caráter de ato político, com o objetivo de denunciar a falta de democracia do atual processo eleitoral, uma vez que a mídia corporativa adota critérios arbitrários para excluir candidaturas da sua cobertura. Portanto, o debate é na prática, um protesto contra o atual sistema eleitoral e midiático.

Eduardo Serra: "Serviços públicos no estado do Rio estão sucateados"

Em palestra realizada no dia 15 para militantes e amigos do PCB de Nova Friburgo, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, o candidato a Governador do Partido Comunista Brasileiro, Eduardo Serra, defendeu o projeto de Poder Popular, para que os trabalhadores possam influir diretamente nas ações do governo do Estado do Rio e reverter o quadro atual de desleixo para com os serviços públicos, que, segundo ele, foram sucateados para favorecer as grandes empresas particulares, unicamente interessadas na obtenção de lucros.

“Na saúde, a situação é de calamidade, pois são poucos os hospitais públicos, e as UPAS, inauguradas com tanta pompa, vivem sem médicos, devido aos baixos salários e à insuficiência de concursos. Na Educação, a rede estadual cobre apenas cerca de metade das matrículas do ensino médio. Há falta generalizada de professores nas escolas públicas, e os salários são igualmente aviltantes”. Segundo afirmou o candidato comunista ao Governo do Estado, a mesma lógica de precarização dos serviços para favorecer a iniciativa privada acontece na área de transportes, onde as empresas de ônibus mandam e desmandam, não há planejamento centralizado para a definição das linhas e itinerários, e as passagens são muito caras.

Eduardo Serra e José Renato (candidato a deputado estadual que também participou do evento) explicaram que o lançamento das candidaturas próprias do PCB – lideradas pela candidatura de Ivan Pinheiro à Presidência da República – faz parte da estratégia dos comunistas de buscarem apresentar suas propostas anticapitalistas, visando a construção de uma frente unitária de partidos de esquerda e movimentos populares que seja permanente e não se restrinja a coligações eleitorais. Disse Edu: “Precisamos avançar na formação de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, capaz de mobilizar os trabalhadores nas lutas contrárias à ação predatória do capital, que, além de superexplorar o tabalho, vem destruindo sistematicamente o meio ambiente. Capitalismo e ecologia são incompatíveis, pois, além da poluição, que até pode vir a ser controlada, as grandes empresas capitalistas, com destaque para o agronegócio, vêm destruindo de forma irreversível os recursos naturais, desmatando e expulsando do campo os camponeses dedicados à agricultura familiar.” Eduardo Serra enfatizou ainda a necessidade de se propagar os valores socialistas, baseados na igualdade, na justiça e no humanismo, na contraposição à lógica capitalista, marcada pelo egoísmo, pela competição e pelo consumismo, lógica esta que está levando a humanidade à condição de barbárie.

Veja as fotos:





Eduardo Serra em Friburgo

PALESTRA DO CANDIDATO A GOVERNADOR PELO PCB

EDUARDO SERRA

PARTICIPAÇÃO DO CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ RENATO 21210
DIA 15 DE SETEMBRO (QUARTA) ÀS 19h

NO AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NO VESTUÁRIO

(Av. Alberto Braune, nº 4 / 1º andar – Centro – Nova Friburgo)


VENHA CONHECER O PROGRAMA POLÍTICO DO PCB E A PROPOSTA DE PODER POPULAR PARA O ESTADO DO RIO

Fidel defende o socialismo cubano e corrige jornalista conservador dos EUA

Diante da repercussão que ganhou, mundialmente, uma matéria publicada esta semana na revista conservadora norte-americana Atlantic Monthly, pelo jornalista Jeffrey Goldberg, o líder cubano Fidel Castro fez, nesta sexta-feira, um breve comentário no qual frustra os seguidores do capitalismo. Durante uma entrevista, Goldberg perguntou a Fidel se ainda vale apenas tentar exportar o modelo comunista cubano para outros países.

– O modelo cubano não funciona mais nem para nós – teria respondido Fidel.

Sobre o assunto, Fidel corrige o jornalista.

– Claramente, esta questão trazia a teoria implícita de que Cuba estava exportando a revolução. E respondi: ‘O modelo cubano já não funciona nem para nós’. Me divirto agora ao ver como ele interpretou (a declaração) ao pé letra. Ele consultou, por isso, Julia Sweig, analista do Council on Foreign Relations (CFR, na sigla em inglês) que o acompanhava, e desenvolveu a partir daí a teoria apresentada. Mas a realidade é que a minha resposta significava exatamente o oposto do que os dois jornalistas norte-americanos interpretaram como modelo cubano. Minha idéia, como todos sabem, é que o sistema capitalista não funciona, tanto para os Estados Unidos ou do mundo. Trata-se de um modelo que segue de crise em crise, cada vez mais sérias, abrangentes e repetidas, que não pode escapar. Como tal sistema poderia servir para um país socialista como Cuba? – questiona Fidel.

Fidel também tratou de deixar claro o que pensa sobre a luta que se desenvolve no mundo, há décadas, entre árabes e judeus.

– Muitos amigos árabes, ao ouvir que eu me encontrei com Goldberg, preocuparam-se e me enviaram uma mensagem indicando-o como ‘o maior apoiador do sionismo’. De tudo isto, podemos deduzir a grande confusão que existe no mundo. Espero, portanto, que o que eu digo, que o meu pensamento seja útil. As ideias expressas por mim estão contidas (no livro) 333 Reflexões, e destas, as 26 últimos são designadas exclusivamente para os problemas ambientais e ao perigo iminente de um conflito nuclear. Permitam-me adicionar em um breve resumo. Eu sempre condenei o Holocausto.Eu nunca fui um inimigo do povo judeu, que admiro pela sua capacidade de suportar 2 mil anos de dispersão e perseguição. Muitos dos mais brilhantes talentos, Karl Marx e Albert Einstein, eram judeus, pois é uma nação na qual sobrevive o mais inteligente, uma lei natural. Em nosso país, e no mundo, foram perseguidos e difamados.

O líder cubano, no entanto, acrescenta que este “é apenas um fragmento de idéias que eu defendo”.

– Eles (os judeus) não foram os únicos perseguidos e caluniados por suas crenças. Os muçulmanos, por bem mais de 12 séculos, foram atacados e perseguidos pelos cristãos europeus, por causa de suas crenças, assim como os primeiros cristãos na antiga Roma, antes de se tornar a religião oficial do império. A história deve ser aceita e lembrada como ela é, com suas realidades trágicas e guerras ferozes. Falei, portanto, justamente sobre os perigos que a humanidade corre hoje, quando estes se tornaram o maior risco de suicídio para a nossa frágil espécie. Se os EUA se envolverem em uma guerra contra o Irã, embora com de natureza convencional, seria melhor desligar a luz começar a correr. Como poderiam resistir a uma guerra com 1,5 milhão de muçulmanos? – pondera o revolucionário.

Ainda sobre o jornalista Goldberg, Fidel o considera “um grande jornalista, capaz de expor de forma amena e com maestria os pontos de vista mais polêmicos”.

– Ele não inventou nenhuma frase, as transfere e as interpreta – concluiu Fidel.

Venha debater com os candidatos do PCB

EDUARDO SERRA Governador 21
JOSÉ RENATO Dep. Estadual 21210



DIA 15 DE SETEMBRO (QUARTA) ÀS 19h
NO SINDICATO DOS TRABALHADORES DO VESTUÁRIO
(Av. Alberto Braune, nº 4 / 1º andar – Centro – N. Friburgo)

VAMOS CONSTRUIR O PODER POPULAR NO ESTADO DO RIO!



PCB de Nova Friburgo participa do plebiscito da terra

Seguindo a orientação nacional do Partido Comunista Brasileiro, de integrar a Campanha do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, os militantes do PCB de Nova Friburgo têm participado ativamente, em nossa cidade, das atividades relativas ao plebiscito e ao recolhimento de assinaturas para encaminhamento ao Congresso Nacional de emenda constitucional que limite o tamanho da propriedade da terra no Brasil. O abaixo-assinado visa estabelecer, na Constituição brasileira, o limite da propriedade, algo que já existe em inúmeras nações do planeta. No caso do Brasil, trata-se de tentar reverter o quadro perverso de altíssima concentração da terra em mãos do latifúndio e do agronegócio. Apenas 1% dos proprietários detêm mais de 40% das terras no nosso país, ao passo que a agricultura familiar, responsável pela produção de alimentos para o mercado interno, ocupa cerca de apenas 2% das propriedades, todas elas de pequena extensão. É uma situação vergonhosa, responsável pelo inchamento das cidades, pelo alto nível de desigualdade social e, em grande parte, pela violência que explode no campo e nas cidades.

Articulado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra começou a consultar a população brasileira sobre o tema, entre os dias 01 e 07 de setembro, na Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos. Dizer SIM no Plebiscito é fazer avançar a luta pela reforma agrária, pelo direito à terra e à soberania alimentar. O PCB, junto com as organizações e partidos comprometidos com as lutas dos trabalhadores em Nova Friburgo, convoca a todos a irmos às urnas mostrar nosso poder popular! Esta é uma forma de exercer de fato a participação popular, de praticar a democracia direta, um dos pontos centrais das resoluções táticas e estratégicas do nosso Partido e ponto fundamental do programa político do PCB para estas eleições. Somente através do Poder Popular e da organização e mobilização dos trabalhadores, poderemos superar o capitalismo e construir a alternativa socialista no Brasil.

A Campanha do Plebiscito e o abaixo-assinado seguirão até o próximo fim de semana (dia 12/09). Em Nova Friburgo, a banquinha da campanha está instalada em frente ao Instituto de Nova Friburgo (IENF), na Praça Dermeval B. Moreira (Centro), todos os dias das 14 às 18h. E também na Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, sob organização da Associação dos Docentes e do DCE Mario Prata, no horário do intervalo das aulas (das 19h30 às 20h). PARTICIPE!!!

Seguem fotos da nossa participação no Dia dos Excluídos em Friburgo (07 de setembro de 2010).



Ivan Pinheiro lança livro

Ivan Pinheiro, candidato à Presidência da República, lança o seu livro "Um olhar comunista", dia 8 de Setembro, às 18 horas.

O evento será realizado no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 7º andar - Centro do Rio de Janeiro). A entrada é franca.

Nas eleições presidenciais brasileiras de 3 de Outubro próximo, a mídia corporativa só enfatiza os candidatos do sistema (Serra & Dilma), comprometidos com as classes dominantes. A candidatura do secretário-geral do PCB, uma das mais combativas, defende a ruptura com a política neoliberal imposta ao povo brasileiro pelo atual governo do Lula e o do seu antecessor F.H. Cardoso.

Hiran Roedel ataca a lógica do capital na educação

Na noite do último dia 26, quinta, o candidato do PCB a Deputado Federal Hiran Roedel participou de mesa redonda organizada pela Associação de Docentes da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, cujo tema era: “Rio de Janeiro, uma educação em crise”. Do debate participaram os deputados do PSOL Chico Alencar e Marcelo Freixo, além da Profª Bertha Reis do Valle, da FFSD e da UERJ, tendo como mediadora a presidente da Associação de Docentes Bluma Salomão.

Hiran, cuja intervenção foi muito elogiada por professores e alunos daquela instituição de ensino, atacou o processo vertiginoso de mercantilização da educação nos últimos vinte anos, como consequência das políticas neoliberais adotadas pelos governantes em todo o país. Tais práticas, segundo ele, propiciaram um enorme crescimento do setor privado, enquanto a escola pública foi sucateada. “No interesse do capital, a escola deve se voltar tão somente para a formação de indivíduos aptos a fazer parte do mercado de trabalho. É um ensino dedicado a preparar a mão de obra para o mercado e para reproduzir o sistema capitalista”, disse.

Hiran criticou a ideologia do “empreendedorismo”, falácia disseminada pelos neoliberais para inculcar na consciência dos trabalhadores a busca individual pelo sucesso, fazendo com que abram mão de lutar por seus direitos e contra seus patrões, os quais vêm descumprindo cada vez mais a legislação trabalhista brasileira. O candidato do PCB denunciou os casos de desrespeito às leis sociais nas escolas particulares, onde os profissionais do ensino submetem-se a condições aviltantes de trabalho, obrigados a cumprir extensa e desgastante jornada diária, em troca de baixos salários.

O quadro calamitoso da educação pública no Estado do Rio é reflexo, segundo Hiran, da política criminosa de esvaziamento e desvalorização das escolas da rede estadual, onde o salário dos professores que ingressam na carreira chega à miserável quantia de R$ 580,00 líquidos. O candidato comunista concluiu sua fala afirmando ser necessária uma grande mobilização que envolva o conjunto da sociedade civil organizada, para além dos professores, funcionários, alunos e pais das escolas, a fim de reverter o quadro caótico atual e fazer da educação espaço real para a formação de cidadãos críticos e agentes transformadores da história, não meros reprodutores da ordem capitalista.



Ivan Pinheiro e Eduardo Serra apresentam programa anticapitalista do PCB em Friburgo

No sábado, dia 14, os candidatos do PCB a Presidente, Ivan Pinheiro, e a Governador, Eduardo Serra, participaram de panfletagem em frente ao Instituto de Educação de Nova Friburgo, acompanhados da militância do PCB de Nova Friburgo e dos candidatos a Deputado Federal Hiran Roedel e a Deputado Estadual Graciete Santana, lutadores da Educação em nosso Estado. Conversaram com populares sobre as propostas do PCB, destacando a luta dos comunistas contra a privatização dos serviços públicos e em defesa de uma educação pública de qualidade para todos, emancipadora, democrática e libertária.

À noite, os candidatos do PCB deram palestra na sede do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Nova Friburgo, onde apresentaram os principais pontos do Programa Anticapitalista e Anti-imperialista para o Brasil, assim como as propostas e bandeiras de luta dos comunistas para o Estado do Rio. Compareceram ao sindicato militantes e amigos do PCB, como o Vereador Pierre (PDT), além de sindicalistas, lideranças comunitárias e da juventude de Nova Friburgo.

Os candidatos a deputado estadual e federal, professores Graciete Santana e Hiran Roedel, defenderam o controle democrático radical das políticas públicas por meio do Poder Popular, para retirar o caráter de mercado dos serviços públicos e garantir a sua universalização como direitos aos trabalhadores e às classes populares.

O candidato a Governador do Estado do Rio, Eduardo Serra, que se mantém em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, denunciou o sucateamento das escolas, hospitais e serviços públicos no Estado pelos governos burgueses, cujo interesse é o da privatização plena da saúde, da educação, dos transportes e da garantia do lucro das empresas, sem preocupação com as necessidades da população. Lembrou que o descaso com o povo e os trabalhadores ficou evidente com a tragédia no Morro do Bumba e o vergonhoso penúltimo lugar do Estado no IDEB, o índice de desenvolvimento na Educação. Declarou que somente a mobilização popular e a organização da classe trabalhadora garantirão a mudança radical no rumo do socialismo.

Ivan Pinheiro denunciou que a disputa entre as maiores coligações partidárias é superficial, pois não coloca em jogo a natureza do Estado, vinculado aos interesses do grande capital financeiro e industrial, responsável pelo aprofundamento das desigualdades sociais no país. Afirmou que, na luta pela reversão deste quadro, o PCB propõe a reestatização das empresas privatizadas nos últimos governos e a implantação de um modelo econômico que transfira renda dos capitalistas, latifundiários e especuladores para as classes trabalhadoras, por meio de um orçamento público que taxe pesadamente o capital e invista prioritariamente nas áreas sociais. Disse ainda que o PCB será o único a fazer uma campanha de solidariedade internacional aos povos em luta contra o imperialismo.

No domingo pela manhã, Eduardo Serra, os candidatos a deputado e militantes do PCB fizeram panfletagem na feira de Olaria. Depois, compareceram à sede da Escola de Samba Vilage, para a tradicional feijoada daquela agremiação carnavalesca.


Veja algumas fotos:





Lançamento das candidaturas do PCB em Nova Friburgo



IVAN PINHEIRO
Presidente -- 21

EDUARDO SERRA
Governador -- 21

WLADIMIR MUTT
Senador -- 211

HIRAN ROEDEL
Dep. Federal -- 2121

GRACIETE
Dep. Estadual -- 21123



DIA 14 DE AGOSTO – SÁBADO 16h: caminhada e panfletagem na Av. Alberto Braune.
Ponto de encontro: em frente ao IENF

ÀS 19h: ATO POLÍTICO - COMES E BEBES NO SINDICATO DOS TÊXTEIS (R. Augusto Spinelli, 84) SAMBA COM OS DESAFETOS DO COLÍRIO


PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO: CONSTRUINDO O PODER POPULAR RUMO AO SOCIALISMO. FAÇA UM 21!

Ivan Pinheiro no R7 e Record News

Assista à sabatina do candidato à presidência pelo PCB, Ivan Pinheiro, ao portal R7 e à Record News.



ou acesse através do link: http://noticias.r7.com/videos/assista-a-integra-da-sabatina-com-ivan-pinheiro-pcb-/idmedia/9939850dc930ac24d243407ebf48230e.html

PCB-RJ Convida





Ivan Pinheiro apresenta o programa anticapitalista do PCB

(Veja a entrevista de Ivan Pinheiro para a TV Globo em Sergipe)




O PCB apresenta a candidatura do ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio e advogado Ivan Martins Pinheiro à Presidência da República. Nesta campanha, o PCB debaterá propostas e caminhos de luta para a superação dos graves problemas que afligem a grande maioria da população, os trabalhadores empregados e desempregados brasileiros. Ao apontarmos para a necessidade da transformação profunda das estruturas sociais, da produção e distribuição dos bens e serviços, da organização do Estado, estamos propondo soluções radicais e bandeiras de luta essenciais para a construção de uma nova sociedade.

A continuidade do capitalismo é uma ameaça à própria vida, à natureza e à espécie humana. Este sistema, como forma de organizar a sociedade, está completamente falido, mas não cairá de podre se os trabalhadores não o derrotarem. A miséria, o desemprego, as precárias condições de vida que afligem a maioria da população brasileira têm uma causa central: o sistema capitalista, mantido pela dominação da classe proprietária dos meios de produção sobre o conjunto da classe trabalhadora. No Brasil construiu-se um capitalismo desenvolvido, com relações sociais burguesas plenamente consolidadas.

Nesse quadro, somente uma grande frente anticapitalista e anti-imperialista, envolvendo organizações políticas e sociais, movimentos populares, a juventude e os setores progressistas da sociedade, será capaz de organizar e mobilizar os trabalhadores, não apenas para as eleições, como é praxe nos partidos burgueses, mas principalmente com o objetivo da luta pelas transformações sociais, econômicas e políticas necessárias para a superação do capitalismo.

O PCB vai participar dessas eleições para qualificar o debate, colocar o dedo na ferida. Para tanto, apresentamos os seguintes grandes eixos políticos do nosso PROGRAMA ANTICAPITALISTA E ANTI-IMPERIALISTA PARA O BRASIL.


1 – UMA DEMOCRACIA DE NOVO TIPO: O PODER POPULAR

· Construção do Poder Popular e dos Conselhos Populares, para desenvolver a democracia direta entre os trabalhadores e fortalecer a organização do povo.

· Realização de plebiscitos e referendos sobre temas de interesse nacional, abertura das tribunas parlamentares para movimentos sociais e ampliação do direito de iniciativa legislativa popular.

· Congresso Nacional unicameral, com extinção do Senado.

· Reforma eleitoral, com financiamento público das campanhas, ampla liberdade de organização partidária e proibição ao uso do poder econômico nas eleições.

· Abertura imediata de todos os arquivos da ditadura e criação de uma efetiva Comissão de Verdade; luta pela revogação da decisão do STF de anistia aos torturadores.

· Democratização e controle social dos meios de comunicação, com quebra dos monopólios e revisão das concessões de rádio e televisão.


2 – A ECONOMIA SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES

· Estatização e controle público das empresas estratégicas e das instituições financeiras.

· Planejamento econômico estatal, com participação dos trabalhadores nas decisões.

· Nova política industrial para a produção em larga escala de produtos essenciais à vida, a preço de custo.

· Política de incentivo à pesquisa e ao uso da tecnologia para o desenvolvimento social com qualidade de vida.

· Ampla reforma urbana, com democratização do uso do solo e redução das desigualdades sociais.

· Reforma agrária sob controle dos trabalhadores, democratização do acesso à terra, com fazendas coletivas e cooperativas, priorizando a produção de alimentos para o mercado interno.

· Auditoria das dívidas interna e externa, com imediata suspensão dos pagamentos dos juros. Controle cambial e fim da autonomia do Banco Central.

· Taxação dos lucros das grandes empresas privadas, dos ganhos do sistema financeiro e das grandes fortunas. Isenção de imposto de renda sobre salários.

· Monopólio estatal do petróleo, com a reestatização plena da Petrobrás, extinção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e anulação dos contratos de risco e leilões.

· Gerência dos recursos do pré-sal pela Petrobrás, garantida sua distribuição aos Estados na proporção inversa do IDH.

· Reestatização da Vale do Rio Doce, da Embraer e de todas as empresas estatais estratégicas que foram privatizadas.


3 – NOVA POLÍTICA SOCIAL: MAIS E MELHORES DIREITOS

· Garantia de emprego para todos os trabalhadores e programa de recuperação do poder de compra dos salários, discutido com os sindicatos.

· Redução da jornada de trabalho sem redução do salário, fim do banco de horas e elevada taxação das horas extras.

· Elevação imediata do salário mínimo, de acordo com o DIEESE, e dos salários médios, visando o atendimento às necessidades fundamentais e a melhoria da qualidade de vida.

· Previdência social universal, com o fim do fator previdenciário, a recuperação das perdas salariais e o aumento real dos proventos e pensões, visando o princípio amplo da seguridade social.

· Expansão da rede pública de Saúde, com garantia de acesso a todos os níveis. Instituição do programa de saúde da família em todo o país. Elevação dos salários dos profissionais e condições dignas de trabalho.

· Universalização do acesso à Educação, com expansão da rede pública, elevação dos salários dos profissionais e melhoria da qualificação do magistério. Escola de tempo integral. Erradicação do analfabetismo em todo o país.

· Ampla reforma do sistema judiciário, com garantia do acesso universal à assistência jurídica.

· Contra a mercantilização da arte, da produção intelectual e do conhecimento. Por uma política cultural voltada à liberdade de produção artística e intelectual, como parte inseparável da luta pela emancipação humana.

· Legalização do aborto e fim da criminalização das mulheres que o praticam. Políticas públicas universais que garantam assistência à gestação, ao parto e ao pós-parto, assim como ao desenvolvimento pleno da criança.

· Garantia do direito à moradia, com financiamento público de habitações de baixa renda integradas à infraestrutura urbana. Universalização do acesso ao saneamento básico.

· Transportes públicos de qualidade nos centros urbanos, com ênfase no metrô e veículos leves sobre trilhos. Estatização e planejamento integrado dos transportes, com expansão da rede ferroviária e aquaviária.


4 – FIM DA DESTRUIÇÃO CAPITALISTA DO MEIO AMBIENTE

· Política sustentável de meio ambiente, recuperação das áreas degradadas, proteção aos biomas, reordenação da produção para uso racional de energia e dos recursos naturais.

· Defesa das terras indígenas quilombolas e ribeirinhas.

· Criação de áreas especiais de desenvolvimento autossustentado na Amazônia e no Nordeste. Defesa do Aquífero Guarani e revitalização do Rio São Francisco como pré-requisito para a transposição de suas águas.

· Produção de energia a partir de fontes renováveis e alternativas, como o biodiesel, energias eólica e solar.

· Tratamento estratégico para as reservas de petróleo e de outros recursos minerais brasileiros, com seu ritmo de extração determinado pelo suprimento das necessidades internas e com financiamento da pesquisa para novas fontes de energia renováveis.


5 - SOBERANIA E SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

· Posição soberana e independente nas relações internacionais. Lutar pela substituição da ONU por um novo organismo de governança mundial, democrático e voltado para a superação das desigualdades em nível planetário.

· Política externa anti-imperialista, trabalhando pela paz e solidariedade efetiva aos povos e países em luta contra o imperialismo.

· Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistência frente à opressão e à dominação estrangeira.

· Revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos e retirada das tropas brasileiras do Haiti, com sua substituição por médicos, engenheiros e professores.

· Luta pela retirada da IV Frota e das bases norte-americanas da América Latina e do Caribe.

· Ruptura com as políticas do FMI, com auditoria da dívida externa e suspensão dos seus pagamentos.

· Ingresso do Brasil na ALBA, integração solidária e soberana da América Latina, na perspectiva do socialismo.

· Solidariedade irrestrita à Revolução Socialista Cubana e aos processos de mudanças na Bolívia, Venezuela e Equador.

· Renegociação do acordo de Itaipu com o Paraguai e devolução de seu Arquivo Nacional.

· Reconhecimento das FARC como organização política insurgente, condição para negociações de paz com justiça social na Colômbia.

· Apoio à construção do Estado Palestino democrático, popular e laico, sobre o solo pátrio palestino.


PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
Julho de 2010

Registradas as candidaturas do PCB-RJ

Foram registradas, no dia 05 de julho, junto ao TSE e ao TRE/RJ, as candidaturas do Partido Comunista Brasileiro (PCB). A relação completa dos candidatos é a seguinte:

- Presidente: Ivan Pinheiro (RJ) nº 21
- Vice Presidente: Edmilson Costa (SP)

- Governador do Estado do Rio de Janeiro: Eduardo Serra (professor da COPPE/UFRJ) nº 21
- Vice Governador: Paulo Oliveira (professor da rede estadual)
- Senador: Wladimir Mutt (petroleiro) nº 211
- 1º Suplente de Senador: Isnard Barrocas (petroleiro aposentado)
- 2º Suplente de Senador: Dinarco Reis Filho (petroleiro aposentado e presidente da Fundação Dinarco Reis)

- Deputado Federal: Hiran Roedel (professor universitário) nº 2121
- Deputada Estadual: Graciete Santana (SEPE de Campos dos Goytacazes)
nº 21123

- Deputado Estadual: José Renato (professor - Secretário Político do PCB de Nova Iguaçu)
nº 21210

- Deputada Estadual: Luciana Araújo (PCB de São Gonçalo) nº 21021

No próximo dia 10 de julho, sábado, haverá a primeira reunião de campanha do Partido, para discutirmos o programa do PCB. A atividade começará às 13h, no Sind-Justiça/RJ (Travessa do Paço, 23/13º andar, Castelo).

Registradas as candidaturas do PCB: Ivan Pinheiro - Presidente / Edmilson Costa - Vice

Nesta segunda (dia 05/07), no final da tarde, foram registradas as candidaturas nacionais do PCB, com a entrega da documentação necessária e cumpridos todos os requisitos.

Ao todo foram registradas até o prazo final 9 (nove) candidaturas, incluindo a do PCB. Com isso nosso candidato a Presidente terá direito a 40 (quarenta) programas eleitorais gratuitos de 55 segundos cada um, em 20 dias, às terças, quintas e sábados, a partir de 17 de agosto.

Em todos os Estados em que o Partido está organizado, nossas candidaturas foram devidamente registradas. Dentro em breve informaremos o conjunto dos candidatos do PCB no âmbito estadual.

Nosso candidato a Presidente foi entrevistado logo após o registro por todos os jornais e redes de televisão.

Nesta eleição teve uma novidade positiva. Os partidos tiveram que apresentar como um dos requisitos para a candidatura um programa político para o Brasil.

O programa político do PCB, que é uma proposta para uma ampla discussão, numa campanha movimento, encontra-se disponível na página do PCB: www.pcb.org.br.

05 de julho de 2010 - 19:30h
Secretariado Nacional do PCB

Saramago, o último grande narrador

Roberto Numeriano1

Numa cultura dominante em que a pulsão da morte constitui a sua essência, o escritor José Saramago, falecido aos 87 anos no dia 18 de junho, foi uma brilhante e genial exceção. Português da aldeia de Azinhaga, filho de pais pobres da região do Ribatejo, Saramago não era homem de concessões hipócritas quanto a princípios morais e políticos nos quais acreditava, e, por isso mesmo, numa época em que tudo está à venda ou pode ser relativizado em nome de projetos pessoais e / ou de grupos, ele se manteve coerente até o fim da vida. Para o bem da alta literatura, dos ideais socialistas e da própria humanidade.

Antigo militante do Partido Comunista Português, Saramago não era “comunista de carteirinha” por acaso. Filiou-se ao PCP em 1969, quando Portugal ainda vivia a ditadura salazarista. O ato foi apenas a formalização de uma militância socialista que vinha de longa data, efeito da sensibilidade moral de um jovem que, tendo nascido no meio de pobres e miseráveis, cedo discerniu as causas da desigualdade social e econômica dos portugueses. Aluno brilhante, teve de abandonar o colégio porque seus pais não podiam pagar seus estudos.

Podia, pela revolta, renegar e esconder sua origem pobre. Podia, como fazem muitos na ascensão social, defender idéias da classe que espoliava os lavradores e proletários do Ribatejo. Podia, por vergonha, fingir que nunca foi pobre. Podia, simplesmente, esquecer. Mas há gente que nasce para lembrar, porque nunca esquece de si mesmo em suas origens. E lembrar por si e pelos outros, pelos que têm boca e língua, mas nunca são escutados; têm olhos e visão, mas são invisíveis em um mundo onde a luz parece se projetar apenas sobre os bens, a riqueza, o luxo, o poder e a ostentação.

Em Saramago, essas dimensões de mestre do romance e de ativista político e social se imbricavam sem que uma tolhesse ou recalcasse a outra. Foram sempre a expressão de uma persona criativa e combativa, rica de uma humanidade onde percebemos a sabedoria dos simples de coração, o humor, a luta dos deserdados, a crítica social e dos (hipócritas) costumes, a denúncia da cegueira de um mundo onde a morte inspira a política do capital, o alerta a respeito da alienação coletiva dos seres humanos, embrutecidos na malha da indústria cultural da incultura.

O poder de sua fábula traduzia justamente este universo, e não por acaso pode explicar o fato de alguns o considerarem “difícil” e ao mesmo tempo ele ser tão lido e admirado por milhões de pessoas, em várias línguas. Em um dos seus raros acertos, o comitê de literatura lhe concedeu o Prêmio Nobel em 1998.

Saramago é, possivelmente, o último grande narrador da humanidade, considerada esta em sua dimensão de um espírito ou idéia universal. Em suas obras, não há como não nos reconhecermos como seres humanos completos, na dor ou na alegria, vivos ou mortos, duvidando dos deuses e das crenças, amando e buscando. Sua morte marca (e aqui a frase feita cabe) o fim de uma época em que a literatura está moribunda e submetida aos escapismos de estilos que apenas revelam sua pobreza. Também simbolicamente, sua morte ocorre em um momento no qual há uma pulsão de morte no movimento de forças econômicas e políticas erguendo-se do espólio neoliberal em vários países europeus, numa onda neofascista que criminaliza migrantes, trabalhadores, etnias não brancas, ativistas políticos e sociais de esquerda, além de estudantes e desempregados.

Contra tudo isso, o grande narrador português nos deixou uma obra para travar um combate que significa a permanência de uma luz que ele fez brilhar nos seus personagens. Em Memorial do Convento, um dos seus grandes romances, os protagonistas Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas são a quintessência do amor perene entre um homem e uma mulher, para além do tempo, das fogueiras da Inquisição, da velhice. Quem vê a vida de Saramago, sente que ele tinha o mesmo amor pela humanidade.


1Roberto Numeriano é cientista político (UFPE), professor, jornalista e
candidato do PCB ao Governo do Estado de Pernambuco.

Vitória do operariado friburguense

Depois de quase quinze dias parados, operárias e operários da Fábrica Filó, filial da multinacional Triumph International em Nova Friburgo, terminaram a greve no dia de ontem (09/06), tendo arrancado dos patrões importantes conquistas: reajuste de 16% (dezesseis por cento) nos salários, cesta básica, não desconto dos dias parados e o compromisso assinado de que, caso haja, da parte do Governo do Estado, vontade política para fazer valer o salário mínimo estadual de R$ 603,00, a empresa irá cumpri-lo. O piso salarial da fábrica (que negocia em separado com o Sindicato de Trabalhadores e não participa das negociações em torno do Acordo Coletivo e recusou-se a conceder reajuste no ano passado) ficou em R$ 560,00, um ganho razoável em relação ao piso anterior, de R$ 485,00.

Mais importante do que o ganho material – sem, entretanto, desprezar o significado deste reajuste nas mesas e casas das famílias que dependem dos empregos e salários – é destacar a enorme conquista para a organização e o salto de consciência do grupo de trabalhadores que encarou de forma corajosa as ameaças dos patrões, mantendo a greve até a negociação final satisfatória. A greve representou um marco na história da classe trabalhadora friburguense, que amarga há décadas o refluxo do movimento operário e sindical. As lutas mais significativas dos tempos mais recentes foram a greve dos operários da Fábrica de Rendas Arp (anos 1980), a ocupação da Fábrica metalúrgica Haga (anos 1990) e a também ocupação da Eletromecânica, no início deste século. As duas últimas mobilizações, no entanto, resultaram, depois de arrefecido o movimento, em ascensão de grupos com mentalidade capitalista à frente das empresas ocupadas.

A luta das trabalhadoras e trabalhadores da Filó tem um grande significado neste momento histórico, em que a classe trabalhadora brasileira encontra-se ainda tão dividida por conta dos imperativos do capitalismo contemporâneo e seu processo violento de expropriações (aumento vertiginoso da extração da mais-valia, ampliação da jornada de trabalho, fragmentação das unidades fabris, cooptação ideológica dos trabalhadores para o projeto individualista e consumista, etc). Para as imensas dificuldades de enfrentamento à lógica do capital e aos reflexos da crise econômica mundial, muito contribui a postura de acomodação de setores majoritários do sindicalismo (à frente a CUT e a CTB, que hoje, nacionalmente, pouco diferem da Força Sindical) diante do fenômeno da “globalização” e das ações emblemáticas do governo Lula, que se apresenta como protagonista de um capitalismo “humano”, colaborando, na verdade, para o avanço vertiginoso das relações capitalistas no Brasil e da presença destacada do país no âmbito internacional, como uma nova potência a disputar seu espaço no interior do imperialismo.

Ao longo destes dias de greve, além da comprovada unidade posta em prática pelas operárias e operários da Filó, com a firme condução do Sindicato de Trabalhadores no Vestuário (por sinal, dirigido por companheiros ligados ao PT e à CUT – o que prova a heterogeneidade do movimento político e sindical brasileiro), vale ressaltar também a mobilização dos demais sindicatos de trabalhadores de Friburgo e sua na solidariedade ativa ao movimento: metalúrgicos, têxteis, hoteleiros, professores (das redes pública e particular), trabalhadores da saúde, químicos estiveram na porta de fábrica no dia a dia dos piquetes. Outros sindicalistas colocaram sua estrutura material à disposição da luta. Também os militantes dos partidos de trabalhadores se solidarizaram, como o PT, o PSOL, o PCB e o PSTU, assim como ativistas da Intersindical e da Conlutas.

Avançar na organização da classe trabalhadora friburguense (e de todo o país) continua a ser o grande desafio de todos nós, que desejamos a superação revolucionária do capitalismo. Mas a vitoriosa luta encampada pelo operariado da mais importante fábrica do setor de vestuário de Friburgo (em que pese hoje ocupando posição de menor destaque na economia da cidade, com um número bem reduzido de trabalhadores em relação ao passado) serve de exemplo para os trabalhadores em geral, demonstrando uma vez mais que somente através do enfrentamento ao capital e da organização se obtêm conquistas. Sinaliza também, para setores de vanguarda do movimento sindical brasileiro, que tentam a todo custo a criação açodada e de cima para baixo de uma nova “central sindical”, que a unidade se faz na luta e com a participação efetiva dos trabalhadores e das trabalhadoras.

A luta continua. Avançar na organização da classe trabalhadora para novas conquistas!

Ricardo Costa (Rico) – Secretário de Organização da Base Francisco Bravo (PCB de Nova Friburgo) / Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro

Mariátegui e Caio Prado Jr.: Duas visões sobre o socialismo latinoamericano

O Instituto Caio Prado Jr. promove, nesta segunda-feira, dia 14 de junho, às 19 h, um Seminário sobre as contribuições de J. C. Mariátegui e Caio Prado Jr. para o pensamento socialista e comunista na América Latina.

A mesa será formada por RENAN RAFFO, membro do Comitê Central do Partido Comunista Peruano e Presidente do Instituto J. C. Mariátegui (Lima, Peru), MAURO IASI, membro do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, Diretor do Instituto Caio Prado Júnior e Professor da UFRJ, e LEILA ESCORSSIN, Professora da UFRJ.

O Seminário será realizado na UFRJ, CAMPUS DA PRAIA VERMELHA, no Auditório do CFCH (Anexo, Segundo Andar). A entrada poderá ser feita pela Av. Venceslau Brás (ao lado do Hospital Pinel) ou pela Av. Pasteur (em frente ao Iate Clube).

Trabalhadores da educação protestam contra Governador em Nova Friburgo

Trabalhadores e trabalhadoras da educação pública estadual reuniram-se à frente do Instituto de Educação de Nova Friburgo (IENF) para protestar contra o Governador do Estado Sérgio Cabral – em visita a cidade para inaugurar obras – em virtude das péssimas condições de trabalho, do sucateamento do ensino público e dos baixos salários dos profissionais da rede pública estadual. Também participaram do protesto operárias em greve da Fábrica Filó, cujas máquinas estão paradas desde o dia 28 de maio.

A comitiva do Governador e os ônibus fretados para a inauguração do novo prédio da Coordenadoria Estadual de Educação (localizado nos fundos do IENF) ocuparam toda a rua em frente ao tradicional educandário friburguense, provocando mais engarrafamento no já caótico trânsito de Friburgo, mas a Polícia Militar foi chamada para postar-se, de forma acintosa e ameaçadora, diante da manifestação convocada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE). Mesmo assim, utilizando-se de um megafone, pois o uso do carro de som foi proibido pelos policiais, os dirigentes sindicais e lideranças de movimentos populares e partidos de esquerda deram o recado contra a política do Governador de permitir o descalabro nos serviços públicos para justificar a sua privatização e de arrocho dos salários dos trabalhadores. Estavam no ato, além do SEPE, representantes dos sindicatos de Professores da rede privada, Bancários, Hoteleiros e Trabalhadores do Vestuário, Intersindical, CUT, Conlutas, além dos partidos PT, PSTU, PSOL e PCB.


Operárias e operários da Filó continuam em greve

A fábrica Filó (Triumph International) continua com suas máquinas paradas, pois seus trabalhadores aderiram em peso à greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Vestuário, deixando a indústria sem condições de produzir. Os poucos operários fura-greves, que entraram para trabalhar por conta da forte pressão e ameaças feitas pelos patrões praticamente nada têm o que fazer dentro da fábrica, a não ser empacotar as mercadorias que já estavam prontas antes da greve. Além de prejudicar grandemente a fábrica, voltada centralmente à exportação dos produtos de vestuário (lingerie), pequenas confecções localizadas na cidade e nos municípios vizinhos já estão se sentindo prejudicadas, pois dependem de produtos manufaturados pela Filó.

Os patrões, entretanto, recusam-se a oferecer um reajuste de salário digno, que modifique o quadro de superexploração vivido pelas operárias e operários da Filó, que recebem menos que o salário mínimo. Uma comitiva do Sindicato e dos trabalhadores em greve furou o cerco em torno do Governador Sérgio Cabral para exigir o cumprimento da lei estadual (sancionada por ele) que estabelece o salário mínimo em todo o Estado, no valor de R$ 603,00.

Nestes tempos de crise geral do capitalismo, em que patrões e governantes jogam para as costas dos trabalhadores todo o ônus da confusão criada pelo próprio sistema, a greve das operárias e operários da Fábrica Filó e a manifestação convocada pelo Sindicato dos profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro servem de exemplo para o conjunto da classe trabalhadora de Nova Friburgo de que, mais que nunca, é necessária a luta para resistir à exploração do capital e para avançar nas conquistas!