Escolha a melhor alternativa de Esquerda e não o Capitalismo "menos ruim"





Nos últimos anos, os processos eleitorais caracterizam-se pela completa despolitização e o debate ideológico se apresenta como se só houvesse um projeto para a humanidade, o da burguesia. Cada vez mais as campanhas dos partidos da ordem baseiam-se em grandes produções midiáticas, em que buscam vender candidatos que melhor se apresentam para gerenciar a máquina pública em favor dos interesses capitalistas.

Nas eleições deste ano o quadro não é diferente. Em vários aspectos, há uma americanização da disputa eleitoral: a mercantilização crescente do processo leva à falsa polarização entre duas coligações representantes da ordem burguesa. As classes dominantes tentam impor ao povo brasileiro uma polarização artificial.

Nenhum dos candidatos do sistema se propõe a enfrentar o grande poder dos bancos, das grandes empresas e do agronegócio. Mas o jogo midiático eleitoral os apresenta como adversários inconciliáveis. Para tanto, manipulam a opinião pública e excluem os partidos de esquerda nos grandes jornais e sobretudo nos espaços e debates na televisão.

Nesta conjuntura, torna-se fora de propósito a defesa do chamado “voto útil”, mais ainda em se tratando de uma eleição em dois turnos, que cria a oportunidade, no primeiro turno, do voto ideológico, do voto em quem se acredita de verdade, do voto no melhor candidato e não no “menos ruim”. A justificativa do voto útil não tem o menor sentido, menos ainda quando as pesquisas eleitorais apontam para a possível solução da disputa já no primeiro turno.

Agora, portanto, é hora do voto consciente. O voto da identidade da esquerda. O voto pelas transformações sociais. O voto para a construção de um futuro socialista em nosso país.

A esquerda não pode votar rebaixada neste primeiro turno. Em nome de nosso próprio futuro, é necessário reafirmar a identidade da esquerda e demonstrar o inconformismo com o capitalismo e a ordem burguesa.

Não se pode esquecer que nosso país se transformou no paraíso dos banqueiros e dos grandes capitalistas. Se o governo FHC implantou o neoliberalismo e alienou o patrimônio público, nunca esses setores lucraram tanto como no governo Lula, que aprofundou a reforma da previdência, implantou as PPPs, aprovou as novas leis das S/A e de falências, para favorecer o grande capital; que financiou o grande capital monopolista e o agronegócio, com juros baratos e dinheiro público; o mesmo governo que inviabilizou a reforma agrária tão prometida no passado.

Se as pesquisas estiverem corretas, serão mais quatro anos de governo para os ricos, com apenas mais algumas migalhas para os pobres e desta vez com Michel Temer de Vice e o PMDB com uma força inaudita.

Por isso, a esquerda tem a responsabilidade de reafirmar seu compromisso com as transformações sociais e a causa socialista.

Nesse sentido, o PCB, reconstruído revolucionariamente, por suas propostas, sua história, sua participação nas lutas sociais e seu internacionalismo militante, se apresenta com autoridade política para cumprir o papel de estuário do voto ideológico da esquerda que não se rendeu, do voto que pensa na frente de esquerda para além das eleições.

É o voto pela revolução socialista e em defesa das lutas dos trabalhadores no Brasil e em todo o mundo. O voto de repúdio à ação do imperialismo no planeta, de apoio aos povos e governos responsáveis pelas transformações sociais na América Latina, de solidariedade incondicional a Cuba Socialista, de apoio militante ao Estado Palestino.

Com sua coerência e firmeza, sem concessão na sua linha política em troca do voto, o PCB se credencia para contribuir na construção da Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, a frente política e social que irá liderar o processo de transformações revolucionárias em nosso país.

Por entender que não está sozinho neste caminho, o PCB também compreende a importância do fortalecimento dos demais partidos da verdadeira esquerda nestas eleições. O voto na esquerda é fundamental para que se possa construir na prática o grande movimento político e social que irá desencadear o processo de mudanças no Brasil.

Não deixe que a direita escolha a “esquerda” por você. Escolha você mesmo. Resista à tentativa de esmagamento da verdadeira esquerda. Não vote inútil. Não escolha a forma de gestão do capitalismo. Vote útil, no socialismo.


Quem sabe faz agora, não espera acontecer.

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2010.
Comissão Política Nacional – Comitê Central do PCB

Os novos rumos da Revolução Cubana

O professor de comunicação cubano José Ramón Vidal analisa as mudanças econômicas que o governo planeja


Igor Ojeda
da Redação



As medidas econômicas anunciadas recentemente em Cuba não significarão o fim do socialismo, garante, em entrevista por correio eletrônico, o cubano José Ramón Vidal, professor de comunicação e coordenador do Programa de Comunicação Popular do Centro Martin Luther King (CMLK), em Havana, capital do país.

No dia 13, um comunicado da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) revelou que o governo cubano planeja demitir, até o primeiro trimestre de 2011, meio milhão de trabalhadores estatais e incentivar as pequenas iniciativas privadas, como trabalhos autônomos, empresas familiares e cooperativas. O objetivo seria a melhoria da eficiência da economia cubana, que vem se deteriorando fortemente nos últimos anos, depois de uma franca recuperação pós-Período Especial, como é chamada a época que se seguiu à queda da União Soviética.

Boa parte da imprensa internacional, assim como brasileira, anunciou, como consequência de tais medidas, o início do fim do socialismo na ilha caribenha, mas, para Vidal, elas “não apenas são compatíveis com um projeto socialista como também são indispensáveis para se alcançar sua sustentabilidade nas atuais circunstâncias”, pois o Estado, segundo ele, manterá a propriedade sobre os meios de produção e distribuição fundamentais.

Vidal alerta, no entanto, que tais transformações só fortalecerão o socialismo na ilha se forem aplicadas por meio do protagonismo popular. “Se as fizerem [as mudanças econômicas] a partir de posições tecnocráticas, sem um consenso real que leve em conta, o máximo possível, os interesses legítimos dos diversos atores sociais, podem ser letais para o projeto socialista”, afirma.

Brasil de Fato – O que o governo cubano busca com as medidas econômicas anunciadas recentemente?

José Ramón Vidal – As modificações do modelo econômico centram-se, até o momento, na redução ou eliminação de gratuidades e subsídios, redução de pessoal (planeja-se que, para o primeiro trimestre de 2011, se conclua uma primeira fase desse processo, com uma diminuição de meio milhão de vagas de trabalho), ampliação do mercado interno (ofertas turísticas nacionais, venda de eletrodomésticos e serviços de telefonia celular etc.), ampliação do trabalho autônomo e o arrendamento de terras e de pequenos estabelecimentos a seus trabalhadores, tais como barbearias e cabeleireiros, serviços de táxi, entre outros. Tudo dirigido a tornar a economia mais eficiente e a resgatar a necessidade do trabalho como meio de vida, assuntos vitais para a sustentabilidade do país. Essas medidas, além disso, liberam o Estado da administração de pequenos negócios, algo que, desde há muito tempo, havia se identificado como uma hipertrofia do modelo socialista.

As mudanças do modelo econômico se dão em meio a uma situação muito complexa, na qual combinam-se a deterioração consolidada dos indicadores de eficiência econômica – que repercute em menor produção e produtividade, tanto na indústria como na agricultura – e expressões muito extensas de corrupção e ilegalidades. Somam-se ainda, a esses elementos, os impactos externos (queda dos preços do níquel e dos ingressos provenientes do turismo, principalmente) – que repercutem em uma diminuição sensível do crescimento do PIB (até 1,4% em 2009 e estimados 1,9% para 2010, segundo cálculos oficiais) – e a emergência de uma crise financeira do sistema bancário nacional. Não podem ficar fora dessa análise os impactos negativos que o bloqueio dos EUA e os efeitos devastadores dos furacões de 2008 provocam sobre toda a atividade econômica e financeira. Em outras palavras, as medidas em curso ou anunciadas tendem a enfrentar essas complexa situação.

Pode-se dizer que essa é a mudança econômica mais radical em Cuba desde a implementação do socialismo no país? Implementa-se, de fato, um novo modelo econômico?

Na minha opinião, são mudanças importantes com repercussões econômicas e sociais, mas não devem ser magnificadas. O Estado manterá a propriedade sobre os meios de produção e distribuição fundamentais. Haverá novos e renovados atores econômicos (mais cooperativas, mais trabalhadores autônomos e pequenos negócios familiares, arrendamentos de estabelecimentos pequenos ao coletivo de trabalhadores), uma utilização muito mais protagônica do sistema tributário, da política monetária, e um maior apego ao realismo de que ninguém, nem pessoa, família ou país, pode gastar mais do que produz. Mas acredito que tudo isso não apenas é compatível com um projeto socialista como também é indispensável para se alcançar sua sustentabilidade nas atuais circunstâncias.

O tema medular radica em como serão aplicadas essas transformações. Se as fizerem a partir de posições tecnocráticas, sem um consenso real que leve em conta, o máximo possível, os interesses legítimos dos diversos atores sociais, podem ser letais para o projeto socialista. Mas, se forem orientadas para favorecer a uma maior socialização do poder, uma maior participação real dos trabalhadores na condução de seus empreendimentos e centros trabalhistas – e, em geral, se fortalecerem os mecanismos de poder popular e não deixarem abandonados à sorte nenhuma família que, justificadamente, não puder garantir seu sustento por meio do trabalho, como se proclamou –, então, o projeto socialista se fortalecerá e se fará realmente sustentável.

Sabe-se que a economia cubana sempre dependeu muito da contribuição de outros países. Com a adoção das novas medidas, você acredita que se abre a perspectiva para uma base produtiva mais forte e dinâmica, que diminua essa dependência da ajuda econômica externa?

Claro que uma melhora da produtividade do trabalho, e, em geral, dos indicadores de eficiência econômica, torna o país muito mais forte e o põe em melhores condições para participar dos processos integradores em curso em nossa região. Cuba tem um potencial enorme em seus recursos humanos altamente qualificados. Sua utilização de maneria mais eficiente beneficiará não apenas nosso povo como também aqueles que têm recebido nosso apoio.

Como o povo cubano vem reagindo ao anúncio de mudanças? Como foi o processo de elaboração e discussão delas? Houve um processo de consultas aos trabalhadores?

Obviamente, muitas pessoas se preocupam com seu futuro imediato. Elas se perguntam: “Estarei entre esse meio milhão de pessoas que será demitido?” É um processo difícil que, de imediato, trará a muitas famílias tensões que não podem ser minimizadas. Atualmente, discute-se nos centros de trabalho um comunicado da Central de Trabalhadores de Cuba que anuncia e explica a medida de redução de vagas que está para começar. Reitera-se que será um processo transparente com a plena participação do sindicato e que os critérios de idoneidade serão os que guiarão as decisões. Esta é a medida mais complexa de se aplicar. Um assunto que gera preocupação é se, durante o ano de 2011, poderão ser criados empregos suficientes para compensar significativamente os cortes que serão feitos no primeiro trimestre. Espera-se que uma parte dos demitidos se autoempreguem, pela via do trabalho autônomo, e que alguns setores econômicos com déficits de trabalhadores – como a agricultura e a construção – sejam também um alívio à situação de desemprego criada. As transformações restantes encontrarão menos dificuldade para alcançar consenso e, mais ainda, despertar esperanças de melhora da vida cotidiana.

As mudanças anunciadas preveem a autorização para que os microempresários ou trabalhadores autônomos contratem força de trabalho. Como garantir que não ocorra exploração e que não se aumente a desigualdade social?

Em todo esse período que chamamos “especial”, desencadeado pelo colapso da União Soviética e do socialismo europeu, os índices de desigualdade em Cuba cresceram. O fato de que muitas pessoas tenham, legal ou ilegalmente, ingressos não provenientes do trabalho provoca essas desigualdades. A nós, em Cuba, isso, com toda razão, é indesejável, mas tais índices estão muito longe dos níveis de desigualdade do resto do continente americano. As novas medidas tendem a regularizar fatos que já ocorrem na prática e, nesse sentido, a própria legalização é uma medida de proteção. O empregador terá que pagar um imposto para a seguridade social de seu empregado. Será preciso, além disso, imaginar outras formas de proteção, para que os direitos desses trabalhadores sejam respeitados. Pessoalmente, penso que os sindicatos poderiam desempenhar um papel nisso.

Debate entre os presidenciáveis da Esquerda

DEBATE ENTRE CANDIDATOS DE ESQUERDA NESTA TERÇA-FEIRA, DIA 21, ÀS 21 HORAS, PELA INTERNET.

CONFIRMADOS IVAN PINHEIRO (PCB), JOSÉ MARIA (PSTU) E RUI PIMENTA (PCO).

Veja abaixo Nota do jornal Brasil de Fato

Debate entre candidatos a presidente no campo da esquerda

Um esforço do Brasil de Fato para se opor ao caráter anti-democrático do atual processo eleitoral

As eleições – espaço político importante para apresentar projetos para o país e elevar a consciência política da população brasileira – estão cada vez mais despolitizadas e mais dependentes do poder econômico. São vergonhosas e imorais as milionárias cifras gastas para eleger os poderes Executivo e Legislativo em nosso país.

A campanha eleitoral está reduzida à propaganda na televisão, a marketing de pessoas – não de

programas – que dependem de esquemas econômicos muito caros. A compra de cabos eleitorais – “militância” paga e material de propaganda sofisticados – se tornou um fato normal. Com isso, tem mais vantagem os candidatos que conseguem maiores arrecadações de recursos, junto a empresas, bancos etc., em mecanismos promíscuos para quem deseja ocupar cargos públicos e administrar volumosos recursos do povo.

Nesse cenário, não há um clima de debates de ideias e de agitação política na sociedade. As campanhas eleitorais estão engessadas, moldadas por uma legislação que impede uma participação popular mais ativa. Limita comícios e atividades de agitação política próprias da natureza do processo.

Com o debate sobre os rumos do país jogado ao ostracismo, a grande ausente do processo eleitoral brasileiro é a política. Política aqui entendida como a disputa de interesses contraditórios acerca dos problemas fundamentais da sociedade. E, numa sociedade de classes, desigual como a brasileira, o desaparecimento do conflito favorece os mais fortes, os dominantes.

A mídia corporativa cumpre um papel fundamental nesta mediocrização das campanhas eleitorais. A cobertura limita-se aos “favoritos” – exatamente aqueles com os orçamentos milionários – e a linha editorial prioriza as trajetórias e características pessoais dos candidatos. Ou seja, projetos para o país jamais são discutidos.

Num esforço para apresentar alternativa ao quadro eleitoral, o Brasil de Fato realizará no dia 21 de setembro, às 21 horas, um debate entre os candidatos à Presidência da República representados em nosso conselho editorial. Foram convidados Dilma Rousseff (PT), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria de Almeida (PSTU), Marina Silva (PV), Plínio Arruda Sampaio (PSOL) e Rui Costa Pimenta (PCO).

Seguindo sua característica de ser plural no campo da esquerda, o jornal Brasil de Fato convida também outros veículos de comunicação da imprensa alternativa e popular no sentido de dar amplitude ao debate.

Este debate trata-se de uma atividade unificada de movimentos sociais e partidos de esquerda, aberto a adesão de outros movimentos que entendem a importância de fortalecer a diversidade de vozes dentro de uma sociedade democrática.

O debate terá também um caráter de ato político, com o objetivo de denunciar a falta de democracia do atual processo eleitoral, uma vez que a mídia corporativa adota critérios arbitrários para excluir candidaturas da sua cobertura. Portanto, o debate é na prática, um protesto contra o atual sistema eleitoral e midiático.

Eduardo Serra: "Serviços públicos no estado do Rio estão sucateados"

Em palestra realizada no dia 15 para militantes e amigos do PCB de Nova Friburgo, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, o candidato a Governador do Partido Comunista Brasileiro, Eduardo Serra, defendeu o projeto de Poder Popular, para que os trabalhadores possam influir diretamente nas ações do governo do Estado do Rio e reverter o quadro atual de desleixo para com os serviços públicos, que, segundo ele, foram sucateados para favorecer as grandes empresas particulares, unicamente interessadas na obtenção de lucros.

“Na saúde, a situação é de calamidade, pois são poucos os hospitais públicos, e as UPAS, inauguradas com tanta pompa, vivem sem médicos, devido aos baixos salários e à insuficiência de concursos. Na Educação, a rede estadual cobre apenas cerca de metade das matrículas do ensino médio. Há falta generalizada de professores nas escolas públicas, e os salários são igualmente aviltantes”. Segundo afirmou o candidato comunista ao Governo do Estado, a mesma lógica de precarização dos serviços para favorecer a iniciativa privada acontece na área de transportes, onde as empresas de ônibus mandam e desmandam, não há planejamento centralizado para a definição das linhas e itinerários, e as passagens são muito caras.

Eduardo Serra e José Renato (candidato a deputado estadual que também participou do evento) explicaram que o lançamento das candidaturas próprias do PCB – lideradas pela candidatura de Ivan Pinheiro à Presidência da República – faz parte da estratégia dos comunistas de buscarem apresentar suas propostas anticapitalistas, visando a construção de uma frente unitária de partidos de esquerda e movimentos populares que seja permanente e não se restrinja a coligações eleitorais. Disse Edu: “Precisamos avançar na formação de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, capaz de mobilizar os trabalhadores nas lutas contrárias à ação predatória do capital, que, além de superexplorar o tabalho, vem destruindo sistematicamente o meio ambiente. Capitalismo e ecologia são incompatíveis, pois, além da poluição, que até pode vir a ser controlada, as grandes empresas capitalistas, com destaque para o agronegócio, vêm destruindo de forma irreversível os recursos naturais, desmatando e expulsando do campo os camponeses dedicados à agricultura familiar.” Eduardo Serra enfatizou ainda a necessidade de se propagar os valores socialistas, baseados na igualdade, na justiça e no humanismo, na contraposição à lógica capitalista, marcada pelo egoísmo, pela competição e pelo consumismo, lógica esta que está levando a humanidade à condição de barbárie.

Veja as fotos:





Eduardo Serra em Friburgo

PALESTRA DO CANDIDATO A GOVERNADOR PELO PCB

EDUARDO SERRA

PARTICIPAÇÃO DO CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL JOSÉ RENATO 21210
DIA 15 DE SETEMBRO (QUARTA) ÀS 19h

NO AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NO VESTUÁRIO

(Av. Alberto Braune, nº 4 / 1º andar – Centro – Nova Friburgo)


VENHA CONHECER O PROGRAMA POLÍTICO DO PCB E A PROPOSTA DE PODER POPULAR PARA O ESTADO DO RIO

Fidel defende o socialismo cubano e corrige jornalista conservador dos EUA

Diante da repercussão que ganhou, mundialmente, uma matéria publicada esta semana na revista conservadora norte-americana Atlantic Monthly, pelo jornalista Jeffrey Goldberg, o líder cubano Fidel Castro fez, nesta sexta-feira, um breve comentário no qual frustra os seguidores do capitalismo. Durante uma entrevista, Goldberg perguntou a Fidel se ainda vale apenas tentar exportar o modelo comunista cubano para outros países.

– O modelo cubano não funciona mais nem para nós – teria respondido Fidel.

Sobre o assunto, Fidel corrige o jornalista.

– Claramente, esta questão trazia a teoria implícita de que Cuba estava exportando a revolução. E respondi: ‘O modelo cubano já não funciona nem para nós’. Me divirto agora ao ver como ele interpretou (a declaração) ao pé letra. Ele consultou, por isso, Julia Sweig, analista do Council on Foreign Relations (CFR, na sigla em inglês) que o acompanhava, e desenvolveu a partir daí a teoria apresentada. Mas a realidade é que a minha resposta significava exatamente o oposto do que os dois jornalistas norte-americanos interpretaram como modelo cubano. Minha idéia, como todos sabem, é que o sistema capitalista não funciona, tanto para os Estados Unidos ou do mundo. Trata-se de um modelo que segue de crise em crise, cada vez mais sérias, abrangentes e repetidas, que não pode escapar. Como tal sistema poderia servir para um país socialista como Cuba? – questiona Fidel.

Fidel também tratou de deixar claro o que pensa sobre a luta que se desenvolve no mundo, há décadas, entre árabes e judeus.

– Muitos amigos árabes, ao ouvir que eu me encontrei com Goldberg, preocuparam-se e me enviaram uma mensagem indicando-o como ‘o maior apoiador do sionismo’. De tudo isto, podemos deduzir a grande confusão que existe no mundo. Espero, portanto, que o que eu digo, que o meu pensamento seja útil. As ideias expressas por mim estão contidas (no livro) 333 Reflexões, e destas, as 26 últimos são designadas exclusivamente para os problemas ambientais e ao perigo iminente de um conflito nuclear. Permitam-me adicionar em um breve resumo. Eu sempre condenei o Holocausto.Eu nunca fui um inimigo do povo judeu, que admiro pela sua capacidade de suportar 2 mil anos de dispersão e perseguição. Muitos dos mais brilhantes talentos, Karl Marx e Albert Einstein, eram judeus, pois é uma nação na qual sobrevive o mais inteligente, uma lei natural. Em nosso país, e no mundo, foram perseguidos e difamados.

O líder cubano, no entanto, acrescenta que este “é apenas um fragmento de idéias que eu defendo”.

– Eles (os judeus) não foram os únicos perseguidos e caluniados por suas crenças. Os muçulmanos, por bem mais de 12 séculos, foram atacados e perseguidos pelos cristãos europeus, por causa de suas crenças, assim como os primeiros cristãos na antiga Roma, antes de se tornar a religião oficial do império. A história deve ser aceita e lembrada como ela é, com suas realidades trágicas e guerras ferozes. Falei, portanto, justamente sobre os perigos que a humanidade corre hoje, quando estes se tornaram o maior risco de suicídio para a nossa frágil espécie. Se os EUA se envolverem em uma guerra contra o Irã, embora com de natureza convencional, seria melhor desligar a luz começar a correr. Como poderiam resistir a uma guerra com 1,5 milhão de muçulmanos? – pondera o revolucionário.

Ainda sobre o jornalista Goldberg, Fidel o considera “um grande jornalista, capaz de expor de forma amena e com maestria os pontos de vista mais polêmicos”.

– Ele não inventou nenhuma frase, as transfere e as interpreta – concluiu Fidel.

Venha debater com os candidatos do PCB

EDUARDO SERRA Governador 21
JOSÉ RENATO Dep. Estadual 21210



DIA 15 DE SETEMBRO (QUARTA) ÀS 19h
NO SINDICATO DOS TRABALHADORES DO VESTUÁRIO
(Av. Alberto Braune, nº 4 / 1º andar – Centro – N. Friburgo)

VAMOS CONSTRUIR O PODER POPULAR NO ESTADO DO RIO!



PCB de Nova Friburgo participa do plebiscito da terra

Seguindo a orientação nacional do Partido Comunista Brasileiro, de integrar a Campanha do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, os militantes do PCB de Nova Friburgo têm participado ativamente, em nossa cidade, das atividades relativas ao plebiscito e ao recolhimento de assinaturas para encaminhamento ao Congresso Nacional de emenda constitucional que limite o tamanho da propriedade da terra no Brasil. O abaixo-assinado visa estabelecer, na Constituição brasileira, o limite da propriedade, algo que já existe em inúmeras nações do planeta. No caso do Brasil, trata-se de tentar reverter o quadro perverso de altíssima concentração da terra em mãos do latifúndio e do agronegócio. Apenas 1% dos proprietários detêm mais de 40% das terras no nosso país, ao passo que a agricultura familiar, responsável pela produção de alimentos para o mercado interno, ocupa cerca de apenas 2% das propriedades, todas elas de pequena extensão. É uma situação vergonhosa, responsável pelo inchamento das cidades, pelo alto nível de desigualdade social e, em grande parte, pela violência que explode no campo e nas cidades.

Articulado pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra começou a consultar a população brasileira sobre o tema, entre os dias 01 e 07 de setembro, na Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos. Dizer SIM no Plebiscito é fazer avançar a luta pela reforma agrária, pelo direito à terra e à soberania alimentar. O PCB, junto com as organizações e partidos comprometidos com as lutas dos trabalhadores em Nova Friburgo, convoca a todos a irmos às urnas mostrar nosso poder popular! Esta é uma forma de exercer de fato a participação popular, de praticar a democracia direta, um dos pontos centrais das resoluções táticas e estratégicas do nosso Partido e ponto fundamental do programa político do PCB para estas eleições. Somente através do Poder Popular e da organização e mobilização dos trabalhadores, poderemos superar o capitalismo e construir a alternativa socialista no Brasil.

A Campanha do Plebiscito e o abaixo-assinado seguirão até o próximo fim de semana (dia 12/09). Em Nova Friburgo, a banquinha da campanha está instalada em frente ao Instituto de Nova Friburgo (IENF), na Praça Dermeval B. Moreira (Centro), todos os dias das 14 às 18h. E também na Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, sob organização da Associação dos Docentes e do DCE Mario Prata, no horário do intervalo das aulas (das 19h30 às 20h). PARTICIPE!!!

Seguem fotos da nossa participação no Dia dos Excluídos em Friburgo (07 de setembro de 2010).



Ivan Pinheiro lança livro

Ivan Pinheiro, candidato à Presidência da República, lança o seu livro "Um olhar comunista", dia 8 de Setembro, às 18 horas.

O evento será realizado no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 7º andar - Centro do Rio de Janeiro). A entrada é franca.

Nas eleições presidenciais brasileiras de 3 de Outubro próximo, a mídia corporativa só enfatiza os candidatos do sistema (Serra & Dilma), comprometidos com as classes dominantes. A candidatura do secretário-geral do PCB, uma das mais combativas, defende a ruptura com a política neoliberal imposta ao povo brasileiro pelo atual governo do Lula e o do seu antecessor F.H. Cardoso.