Boletim do SINPRO de Nova Friburgo e região

Sindicato dos Professores de Nova Friburgo e Região
(Av. Alberto Braune, 88 – Galeria São José – Ed. Tânia – salas 209/210 – Tel: 2522-4955)

NOVA FRIBURGO, MAIO/JUNHO DE 2011 SECRETARIA DE IMPRENSA, DIVULGAÇÃO E IMAGEM 
sinpronf@uol.com.br http://sinpronf.blogspot.com


CAMPANHA SALARIAL 2011:

REPRESENTANTE PATRONAL DE FRIBURGO CEDE À PRESSÃO DOS SINPROS DE TODO O ESTADO. PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL ATÉ O 5º ANO DO FUNDAMENTAL CONQUISTAM 8,3% DE REAJUSTE SALARIAL.


A Campanha Salarial dos Professores das Escolas Particulares do Estado do Rio de Janeiro está em andamento. A Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (FETEERJ), juntamente com todos os Sindicatos (Sinpros) de nosso Estado, comanda as negociações com o SINEPE (Sindicato Patronal). As negociações estão adiantadas, havendo acordo entre patrões e representantes dos trabalhadores para a concessão de 7% (sete por cento) de reajuste salarial para todos os professores, tendo em vista repor as perdas salariais do período (entre maio de 2010 e abril de 2011), as quais representaram cerca de 6% (seis por cento), segundo o índice oficial (INPC). Há também acordo para que os profissionais da Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental, que recebem os salários mais baixos da categoria e são profundamente explorados (veja box abaixo), sejam minimamente recompensados com um reajuste baseado no INPC mais 2% (dois por cento), o que representará um reajuste salarial total de 8,3% (oito vírgula três por cento).

Por incrível que pareça, dentre todas as delegações do SINEPE no Estado, o único representante patronal que estava resistindo a conceder um índice maior de reajuste para as professoras da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, era o de Nova Friburgo! Como se não bastasse a superexploração a que estão submetidas, a exemplo do desrespeito à cláusula do Acordo Coletivo que prevê um descanso de quinze minutos após três aulas consecutivas, o descaso para com o trabalho das colegas deste segmento ficou ainda mais flagrante com a atitude mesquinha do patronato friburguense. Mas, em função da pressão exercida pelo conjunto dos sindicatos de professores em estabelecimentos de ensino privados em todo o Estado, que se uniram na decisão de somente fechar o Acordo Coletivo com o SINEPE desde que o professorado de Nova Friburgo fosse contemplado com as mesmas medidas, a representação patronal de Nova Friburgo acabou cedendo, e o reajuste a maior para os profissionais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental será concedido.


ESCOLAS PARTICULARES CONFUNDEM PROFISSIONAL COM MERO “TOMADOR DE CONTA” DE CRIANÇAS

VEJAM AS CONDIÇÕES A QUE ESTÃO SUBMETIDOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL:

A hora-aula das professoras e professores da Educação Infantil tem valor inferior a dos professores que atuam nas demais etapas da Educação Básica; na maioria dos casos, os profissionais da Educação Infantil são obrigados a cumprir uma carga horária diária maior que os demais.

É negado o direito de descanso, garantido na CLT, de 15 minutos por turno de trabalho!

Em muitas escolas não há pessoal auxiliar em todas as turmas, ficando a professora ou professor sozinho com mais de 15 crianças pequenas em sala, tendo que dar conta dos cuidados com alimentação, higiene e atividades pedagógicas, além de garantir a segurança de todos, pois, quando algo acontece, este profissional será responsabilizado pelo ocorrido. É exigido do professor realizar atividades que não são de sua competência, como limpeza das salas. É claro que o professor deve zelar pela limpeza e higiene da sala, mas exigir que o mesmo varra e passe pano é mais do que sua função. Para isso a escola deve ter outros profissionais. Em função da falta de estrutura mínima, muitas vezes a professora ou professor não tem tempo para sequer usar o banheiro ou tomar água.

Vale ressaltar que hoje, no município de Nova Friburgo, o Plano de Educação que teve suas alterações recentemente aprovadas pela Lei Municipal nº 3.913 estabelece em seu capítulo XI Trabalhadores e Trabalhadoras, Meta 4, Ação 4.1, a seguinte relação professor/aluno: Creche – Berçário (de 4 meses a 1 ano e cinco meses aproximadamente) e Maternal (de um ano e seis meses a três anos) – 1 professor por turma/sala de até 15 crianças, com 1 auxiliar de creche para cada 5 crianças; Pré-Escola – 1 professor com auxiliar a cada 15 crianças.


FORUM DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO


O Conselho Municipal de Educação de Nova Friburgo irá realizar no dia 18 de junho de 2011, sábado, das 9h às 17h, no teatro do Colégio Anchieta, o FORUM DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO, no qual, conforme estabelecido pela Lei Complementar nº 56, publicada em 04 de abril de 2011, em seu art. 5º, Inciso III, está prevista a escolha de quatro representantes da sociedade civil organizada para representar os usuários da Educação no município dentro do Conselho Municipal de Educação. A Lei Complementar 56 é uma grande conquista dos lutadores da Educação em Nova Friburgo , pois significa a ampliação da participação das entidades representativas da população friburguense no Conselho, além de possibilitar uma atuação realmente fiscalizadora e autônoma do CME, cuja composição foi modificada para o número total de quinze membros, dos quais apenas quatro passam a ser representantes indicados pelo Governo Municipal. Também como garantia de uma posição de independência frente ao Poder Executivo, foi derrubada a cláusula que determinava ser o Secretário Municipal de Educação o presidente do Conselho. Daqui para a frente, a eleição do presidente e do vice caberá aos próprios conselheiros, dentre os quais estará o representante do SEPE, o Sindicato dos profissionais da educação da rede pública, que antes não tinha assento no CME. Portanto, o Conselho Municipal de Educação, que possuía uma configuração muito governista e privatista, pois era formado, em sua maioria, por membros do governo e por representantes das escolas particulares, passa a ter uma composição verdadeiramente autônoma e capaz de aprofundar, com mais independência, as discussões e lutas em prol da melhoria da educação em nosso município. Todas as entidades e instituições da sociedade civil organizada estão convidadas a participar do FORUM DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO e contribuir para fazer avançar a luta em defesa da Educação de qualidade para todos no município, luta esta que se reforça com a conquista da aprovação recente da Lei Municipal 3.913, que atualiza o PLANO DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO, conforme deliberações da II Conferência Municipal de Nova Friburgo, realizada em 2008. Para participar do FORUM com direito a voz e voto, será necessário, primeiramente, participar do processo de escolha de delegados nas escolas do município. Cada escola da rede pública (municipal e estadual) e da rede particular de ensino em Nova Friburgo deverá organizar internamente o seu processo de escolhas de representantes para o FORUM, indicando: 01 (UM) PAI DE ALUNO, no caso das escolas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental; 01 (UM) ALUNO, nas escolas de ensino médio e nas instituições de ensino superior.

A programação do FORUM DE EDUCAÇÃO DE NOVA FRIBURGO será a seguinte:

DATA: 18 DE JUNHO DE 2011 (SÁBADO)

LOCAL: AUDITÓRIO DO COLÉGIO ANCHIETA (Rua General Osório, 181, Centro)

HORÁRIO: 8h30: Café da manhã e credenciamento. 9h: Abertura e composição de mesa com autoridades e representações sociais presentes. 10h: Palestra. O Conselho Municipal de Educação enquanto órgão de políticas públicas. Palestrante: Profª Dra. Bertha Reis do Valle (UERJ/FFSD).

12h às 13h: ALMOÇO. 13h30: Apresentação do Conselho Municipal de Educação: Composição, Perfil, Nova Legislação. Leitura do Regimento Interno do Fórum. 14h30: Escolha dos novos membros do CME representantes dos usuários da Educação no município. 16h: Encerramento: Apresentação do Coral Anima da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia.

A (falta de) saúde do professor

Pesquisas realizadas em São Paulo , Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia indicam que o trabalho vem afetando cada vez mais a saúde dos professores. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera o trabalho docente como uma profissão de risco e uma das mais estressantes atualmente.


Os principais fatores prejudiciais à saúde dos professores no ensino privado apontam diretamente para a organização do trabalho e as relações no local de trabalho. Fatores como intensa jornada de trabalho, excesso de atividades, pressão de chefias, assédio moral no trabalho, relação com chefia, colegas professores, pais e alunos estão entre os principais geradores de agravos à saúde física e mental dos professores.


Os principais problemas de saúde manifestados são insônia, rouquidão, perda de voz, alergias, tendinites e dores nas articulações, enxaquecas, gastrites, estresse, depressão e outros.

A categoria está cada vez mais fragilizada.


PROFESSOR: LUTAR POR DIREITOS É LUTAR PELA SAÚDE! DENUNCIE A ESCOLA QUE DESRESPEITA O ACORDO COLETIVO! NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR NAS CONQUISTAS!