FAOL: há mais de 50 anos trabalhando para aumentar seu sofrimento! O império do diesel contra-ataca
Corre à boca miúda mais um provável reajuste no valor da passagem de ônibus em Nova Friburgo. O pedido da concessionária à Prefeitura foi de R$ 3,12, conforme noticiado há algumas semanas em A Voz da Serra. Numa provável manobra política, o atual Prefeito rejeitou o índice, mas não o aumento. Vem por aí um reajuste menor, mas que não deixará de afetar o bolso do friburguense.
Não é a primeira vez que noticiamos n’O MILITANTE - o Boletim da UJC e da Base Francisco Bravo (PCB de Nova Friburgo) - os reajustes abusivos da FAOL. A empresa, que é o câncer de Friburgo, oferece um dos piores serviços do país com uma das passagens mais caras. Cidades muito maiores que Friburgo, com linhas que andam dezenas de quilômetros a mais que aqui, praticam preços menores.
Se não bastasse o momento conturbado por que passa a população mais pobre – justamente a que mais depende do transporte público –, o serviço é péssimo e digno de vergonha. Os pontos estão sempre superlotados, os horários não são respeitados, o trânsito é um caos, e os ônibus são velhos e desconfortáveis. Somam-se a isso as péssimas condições de trabalho dos rodoviários que, cansados de um salário defasado, abandonam a empresa, obrigando-a a implorar por motoristas, cobradores, manobristas etc.
Fiquemos atentos também às jogadas que podem ocorrer. Lembremos que, no último reajuste, mesmo conseguindo um bloqueio judicial do aumento, a FAOL recorreu e venceu, com o apoio do então Prefeito Heródoto. A vitória na justiça desmobilizou a população e deu margem ao consentimento de que o aumento era necessário. Esperamos também que os rodoviários se lembrem de como os patrões os forçaram a se posicionar contra o movimento popular, usando a chantagem de que, sem aumento nas passagens, não haveria reajuste de salários. Pois bem, o que se viu foi um reajuste na passagem numa porcentagem infinitamente superior ao aumento dos salários dos trabalhadores.
A FAOL não trabalha em favor da cidade. Seus diretores vivem no luxo garantido por um monopólio ilegal, financiado pelo trabalho suado de milhares de homens e mulheres que enfrentam um trânsito caótico e estressante.
Fiquemos de olho nos gracejos políticos que a empresa poderá fazer durante esse ano de eleições municipais. Não deixemos que mais um assalto legitimado pela Prefeitura seja imposto ao trabalhador friburguense. Vamos às ruas barrar o aumento da passagem!
UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA DE NOVA FRIBURGO
BASE FRANCISCO BRAVO / PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO
