Eduardo Serra: "Serviços públicos no estado do Rio estão sucateados"

Em palestra realizada no dia 15 para militantes e amigos do PCB de Nova Friburgo, na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, o candidato a Governador do Partido Comunista Brasileiro, Eduardo Serra, defendeu o projeto de Poder Popular, para que os trabalhadores possam influir diretamente nas ações do governo do Estado do Rio e reverter o quadro atual de desleixo para com os serviços públicos, que, segundo ele, foram sucateados para favorecer as grandes empresas particulares, unicamente interessadas na obtenção de lucros.

“Na saúde, a situação é de calamidade, pois são poucos os hospitais públicos, e as UPAS, inauguradas com tanta pompa, vivem sem médicos, devido aos baixos salários e à insuficiência de concursos. Na Educação, a rede estadual cobre apenas cerca de metade das matrículas do ensino médio. Há falta generalizada de professores nas escolas públicas, e os salários são igualmente aviltantes”. Segundo afirmou o candidato comunista ao Governo do Estado, a mesma lógica de precarização dos serviços para favorecer a iniciativa privada acontece na área de transportes, onde as empresas de ônibus mandam e desmandam, não há planejamento centralizado para a definição das linhas e itinerários, e as passagens são muito caras.

Eduardo Serra e José Renato (candidato a deputado estadual que também participou do evento) explicaram que o lançamento das candidaturas próprias do PCB – lideradas pela candidatura de Ivan Pinheiro à Presidência da República – faz parte da estratégia dos comunistas de buscarem apresentar suas propostas anticapitalistas, visando a construção de uma frente unitária de partidos de esquerda e movimentos populares que seja permanente e não se restrinja a coligações eleitorais. Disse Edu: “Precisamos avançar na formação de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, capaz de mobilizar os trabalhadores nas lutas contrárias à ação predatória do capital, que, além de superexplorar o tabalho, vem destruindo sistematicamente o meio ambiente. Capitalismo e ecologia são incompatíveis, pois, além da poluição, que até pode vir a ser controlada, as grandes empresas capitalistas, com destaque para o agronegócio, vêm destruindo de forma irreversível os recursos naturais, desmatando e expulsando do campo os camponeses dedicados à agricultura familiar.” Eduardo Serra enfatizou ainda a necessidade de se propagar os valores socialistas, baseados na igualdade, na justiça e no humanismo, na contraposição à lógica capitalista, marcada pelo egoísmo, pela competição e pelo consumismo, lógica esta que está levando a humanidade à condição de barbárie.

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