Nota de repúdio à truculência policial

Nesta quinta feira, 17/02/2011, um ato pacífico contra o aumento da passagem do ônibus em São Paulo sofreu uma dura repressão policial. A polícia militar mais uma vez lançou mão de sprays de pimenta, bomba de gás e balas de borracha contra manifestantes desarmados. Um militante do PCB foi espancado por 8 policiais e teve seu nariz quebrado, chegando a ficar inconsciente e passando por operação nesta sexta-feira.

É com muito pesar que nós acompanhamos a recuperação de nosso camarada, e por horas mobilizamos toda nossa organização para garantir a segurança e nos mantemos informados sobre o estado de saúde de nosso camarada e amigo.

Sabemos que a repressão política não ocorre só nos espancamentos nas ruas. Pessoas perdem seus empregos por participar de manifestações, ainda mais quando pela irresponsabilidade de algumas organizações a pessoa torna-se o símbolo do movimento. Não queremos símbolos e não admitiremos nenhuma forma de personalismo em atos que são construídos de maneira coletiva e ampla.

É nossa obrigação ainda lembrar que, pela estrutura da polícia militar, tais casos são julgados em foro militar, o que é inaceitável, pois provavelmente os policiais responsáveis sairão impunes por espancar um civil.

Por isso, nós, da União da Juventude Comunista, afirmamos: Não podemos deixar a repressão continuar! Não podemos nos assustar diante da truculência e nem permitir perseguições políticas. Não só continuaremos na luta pelo passe-livre, como estaremos atentos para qualquer sinal de perseguição política não só no local de trabalho de nosso camarada, mas de qualquer um que se manifesta politicamente.
A UJC continuará na luta, atuando contra a perseguição política.

Contra toda e qualquer perseguição política!
Contra a truculência da polícia.
Por condições de Trabalho, Estudo e Vida!

Coordenação Estadual da União da Juventude Comunista - SP