À Juventude Comunista

Essa tão jovem gente,
antecipou do rock,
a atitude.
Bebia cerveja? Vodka? Rum?
Imagino a embriagez de idéias.

Esses seres Humanos
defendiam a espécie.
Essa tão frágil espécie
sem medo de errar.

Quando o desânimo apertar,
quando a voz lhes faltar
Não temam o ladrar canino
a querer roubar
palavras de bem-dizer.
Acautelem-se dos carneiros-cidadãos,
pois são cúmplices
do sono
e do inverno que tenta
emboscar o amanhecer.

Busquem fôlego...

Lembrem-se!
Eles por isso também passaram
e acreditaram.
Lembrem-se das suas cicatrizes
e de quanto sono perderam sonhando,
e foram despertados por humanas necessidades

Dos bens deles inventariados,
vocês herdaram em celulose:
poesias e convicções.

Cantarão as sereias pançudas oferecendo
a night, melões e presunto.
Reafirmem
a sede de justiça, de amar.
E recebam a companhia e o carinho
dos que olham na mesma direção

Um dia, se adiante forem
talvez,
cumprindo a tarefa
de deseducar netos,
deles ouvirão
sobre o orgulho que sentem
pela descendência que têm
de tão honradas Pessoas.


Sidney
Julho 2007